Sexta, 26 de Abril de 2024

Pequeno Fernando inicia luta contra leucemia em hospital de Jaú

15/10/2018 as 20:35 | Araçatuba | Araçatuba e Região
O pequeno Fernando – irmão gêmeo do guerreiro Matheus, que faleceu há três meses vítima de leucemia – iniciou nesta segunda-feira (15), no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, sua batalha contra a mesma doença.

O diagnóstico se deu por meio de exames realizados no Hospital da Unimed, em Araçatuba, onde a criança foi internada na sexta-feira (12), após ter febre por dois dias.

O garotinho, filho da dona de casa Kátia Souza, 36 anos, e do gerente administrativo Edson Souza, 42, foi internado na unidade de saúde de Jaú na manhã desta segunda-feira. O hospital é centenário e tem mais de 300 leitos e estrutura destinados ao tratamento do câncer e realização de transplantes de medula.

Por mensagem, o pai de Fernando disse ao Araçatuba e Região, no início da tarde desta segunda-feira, que o pequeno já foi submetido a coleta de sangue para análise e que também começou a tomar medicação do tratamento inicial da leucemia.

“Chegamos hoje de manhã. Estamos internados aqui. Já começaram a colher exames para ver como está o sangue. Amanhã farão coleta de amostra da medula e só a partir disso podem iniciar o tratamento”, disse Edson. “Já estão dando medicamentos, mas não quimioterapia, para combater a doença”.

Os pais de Fernando ainda não sabem informar qual o estágio da leucemia, uma vez que para isso são necessários exames que serão feitos a partir desta terça-feira (16). A notícia de que o pequeno também está com leucemia, doença que tirou a vida de seu irmão Matheus, fez com que a população de Araçatuba e até mesmo cidades da região iniciasse uma corrente de orações pela saúde do menino.

Grupos de pessoas já se mobilizam para fazer o cadastro como doador de medula óssea, na esperança de que alguém tenha compatibilidade com Fernando e possa ser doador caso seja necessário.

A LUTA DO IRMÃO MATHEUS

Matheus foi diagnosticado com leucemia quando tinha um ano e três meses. Passou por quimioterapia e o tratamento chegou a zerar as células doentes. No entanto, a doença voltou, ele precisou se submeter a uma quimioterapia mais agressiva e o transplante passou a significar a diferença entre a vida e a morte. Na ocasião, o gêmeo Fernando, que agora inicia sua batalha, chegou a ser cogitado como um potencial doador, mas o transplante entre os irmãos não pode ser realizado.

O drama de Matheus sensibilizou internautas e uma grande rede de solidariedade se disseminou pela internet, o que levou centenas de pessoas a se cadastrarem como doadores de medula óssea no Hemonúcleo de Araçatuba.

Infelizmente, o pequeno Matheus apresentou várias complicações causadas pelo câncer e não teve condições de se submeter ao tratamento popularmente conhecido como “limpeza da medula”, para zerar as células doentes e tornar o seu organismo apto para o transplante. A família lutava também para encontrar um doador compatível com o pequeno.

NOVA BATALHA E A FÉ DOS PAIS

No último domingo (14), quando fazia com a esposa Kátia os preparativos da viagem até Jaú, o pau de Fernando e Matheus falou com o Araçatuba e Região sobre o segundo diagnóstico de leucemia na família. Ele explicou que na quarta-feira da semana passada o garotinho teve febre e pelo fato de a temperatura ficar por dois dias oscilando, decidiram correr para o hospital. “A gente tinha medo por causa do que o Matheus passou, por isso achamos melhor levar o Fernando para o hospital logo”, contou.

No hospital, após a realização do hemograma, perceberam que algo não ia bem, pois as taxas estavam alteradas. Em seguida, foi feito o exame específico da medula e veio o diagnóstico mais temido pelos pais: o de que Fernando também tem leucemia.

Cristão, Edson Souza disse que ele e a esposa estão sobrevivendo, não vivendo, pelo fato de fazer apenas três meses que se despediram do pequeno Matheus. “É muito difícil, só Deus pra confortar a gente. Estamos sofrendo com a partida do Matheus, ainda estamos tentando nos recompor após a perda de um membro da família e vem outra pancada dessa pra nós e temos que encarar”, desabafou o pai. O casal é pai também de Leonardo, de sete anos.

Ele disse que estão recebendo o apoio moral e as orações de muitas pessoas. “É isso que está nos ajudando. Não sei qual o propósito que ele tem na minha família, mas nós cremos no Deus que faz milagre ainda. Ninguém pode nos confortar além do Espírito Santo de Deus”, afirmou.
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