Sexta, 26 de Abril de 2024

Governo faz acordo para suspender greve por 15 dias

24/05/2018 as 21:51 | Brasil | Da Redaçao
O governo federal anunciou um acordo para suspender a greve dos caminhoneiros por 15 dias. Em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto na noite desta quinta-feira, 24, ministros informaram que a reunião com representantes da categoria, com duração de sete horas, terminou com a celebração de um termo para dar fim à paralisação que durava quatro dias. Bloqueios de rodovias e desabastecimento em todo o Brasil foram observados durante o período.

A declaração foi dada em conjunto pelo ministro dos Transportes, Valter Casimiro; o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun; o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha e o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, informou que o preço definido para o diesel pela Petrobras na quarta será mantido por 30 dias. A estatal anunciou redução de 10%, sem reajuste por 15 dias. “O preço ficará fixo nesse patamar que foi definido pela Petrobras por 30 dias. A Petrobras está oferecendo os primeiros 15 dias e a partir do 16º dia isso será pago pela União”, disse Guardia.

O ministro explicou que, após 30 dias, o valor do diesel será reajustado com base na política de preço das Petrobras. Por mais 30 dias, não haverá reajuste. Guardia afirmou que a União vai compensar a Petrobras, contudo, o impacto nas contas públicas vai depender da oscilação do dólar e do valor do petróleo. A Petrobras estimou, segundo Guardia, em R$ 350 milhões o impacto pelos 15 dias com redução de preço no diesel, sem reajuste.

O acordo foi assinado por Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Confederação Nacional do Transporte (CNT) e Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens). De acordo com o ministro Eliseu Padilha, a única entidade que não assinou foi a União Nacional dos Caminhoneiros.


União se compromete a zerar a Cide sobre o diesel

A União se comprometeu também a zerar a Cide sobre o diesel neste ano, mas não citou a redução a zero do PIS/Cofins. Isso está em discussão no Congresso Nacional. O Palácio do Planalto aceitou ainda reeditar a tabela de fretes do serviço do transporte remunerado de cargas por conta do terceiro a partir de 1º de junho, bem como mantê-la atualizada trimestralmente.

O governo também se comprometeu a negociar com os estados para isentar a tarifa de pedágio por eixo quando os caminhões estão vazios. E editar uma medida provisória (MP) autorizando a Confederação Nacional de Abastecimento (Conab) a reservar 30% de sua demanda de frete para cooperativas ou entidades de transportadores autônomos.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, depois de anunciado o acordo, fez um apelo aos caminhoneiros para que voltem ao trabalho. Ele disse que o presidente Michel Temer fez de tudo que estava ao alcance porque está "preocupadíssimo" com o que acontece no país. Padilha acredita que será retomada a "tranquilidade".

"Os caminhoneiros que estão paralisados também querem voltar a trabalhar. Acreditamos que em qualquer momento o movimento começa desmobilizado. Chegou o momento de olharmos para as famílias dos brasileiros, olhar aqueles que estão nos supermercados, nas suas granjas. Então, celebramos todo esse acordo. A família dos brasileiros precisa de vocês. O presidente Temer está preocupadíssimo com o que está acontecendo em todos os lares do Brasil", disse Padilha.
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