Sábado, 27 de Abril de 2024

O Verbo Aprender

23/02/2022 as 10:00 | Fernandópolis | Julio Cesar
Quando chegamos a este mundo de forma cognitiva desenvolvemos o choro como expressão do que sentimos e necessitamos, com o passar dos dias por meio dos sentidos iniciamos um processo de aprendizagem e conhecimento. Cercados de informações começamos uma grande jornada de descobrimentos que são estimulados pela nossa família, cultura, professores e de forma sistemática passamos a notar cores, apreciar músicas, reconhecer cheiros, degustar de diferentes sabores e sentir sensações que forjam nosso eu, nossa identidade, valores e educação.

É normal ouvirmos de uma criança a pergunta “Por quê?”. Todos nós estivemos nesta fase das indagações, nos incomodamos e insistimos em saber o como é, como foi feito, de onde veio e assim a curiosidade nos leva longe. Desta forma chegamos à adolescência, e com ela as primeiras definições, aventuras, experiências e hormônios, trazendo o pensamento de que já sabemos de tudo, paramos de perguntar. Nesta etapa do caminho muitos se perdem pela falta de sabedoria, informações inúteis tomam o lugar do aprendizado e o excesso de entretenimento nos afasta do conhecimento genuíno, aquele que nos traz crescimento.

Obviamente estou generalizando, mas pretendo neste texto enfatizar o quanto nos faz falta saber mais, um pouco de cada assunto, quanto nossa mente ainda tem de espaço para informações relevantes. Sob minha visão de Life coaching (treinador) vejo que não devemos parar de conjugar o verbo aprender por toda nossa vida. O aprendizado nos rejuvenesce. Ler, estudar, ouvir, conversar e estar com a mente ativa, nos torna também mais humildes, receptivos e abertos a novas ideias.

Semana passada participei de uma reinauguração da UNATI (UNIVERSIDADE DA TERCEIRA IDADE) em Fernandópolis e uma senhora de seus setenta e poucos anos, me abordou e perguntou sobre aulas de hebraico, não consegui esconder meu entusiasmo com a ideia dela de aprender mais um idioma, sabendo que a mesma já tinha o domínio do italiano também. Aquela mulher apresentava-se jovem, feliz e resoluta entorpecida pela dopamina do saber.

Quando deixamos de aprender damos início a um tipo de necrose, começamos a morrer, a nos deprimir, a encolher. Precisamos ter um corpo sadio, mas nossa mente também precisa estar “sarada” e ativa, assim gerando um coração alegre e como diz a Bíblia “um coração alegre formoseia o rosto”.

Não desista do saber, não pare de perguntar, siga firme no caminho do conhecimento, este te libertará, te elevará. Almas nobres são regadas diariamente com gotas de sapiência. E quer saber? Você não viu tudo, não sabe tudo e o melhor ainda está por vir.

Júlio César – Master Life coaching
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