Internautas descobrem tuítes racistas de estagiário da ESPN

Um exemplo do que se escreve fica registrado para sempre foi comprovado neste sábado (03) na internet brasileira.

Internautas descobriram e enviaram para a reportagem do NaTelinha tuítes de um estagiário do site da ESPN Brasil no Rio de Janeiro, chamado Caio Blois, com cunhos racistas e ofensivos.


As mensagens foram publicadas em 2011, 2012 e 2014 - na último, Caio já integrava o quadro de funcionários da emissora esportiva.
Entre os tuítes, aparecem ofensas ao ex-jogador e ídolo do Flamengo, Zico - o rapaz se diz torcedor do Fluminense). Além disso, o mais grave é de 2011, quando Caio chamou o jogador ganês Asamoah Gyan de "macaco"

As imagens rapidamente se espalharam pela internet e a hashtag #ESPNtemRacista entrou nos Trending Topics brasileiros. Algumas pessoas generalizaram, mas no entanto, a massacrante maioria pede a demissão de Caio Blois, mesmo que os tuites sejam antigos - alguns deles são de quando ele tinha 15 anos, em 2011 -, ressaltando que a ESPN é uma emissora séria.

Vale lembrar que, em 2013, o jornalista Flávio Gomes foi demitido por um motivo parecido. Ele xingou torcedores do Grêmio por conta de um pênalti não marcado a favor da Portuguesa no Campeonato Brasileiro daquele ano.

Em comentários dirigidos ao árbitro da partida em questão, ele bradou: "O Grêmio é um time filho da p***. Ridículo. Juiz vagabundo, timinho escroto desde 1903. São muito machos no Sul. Mas adoram dar a ***". Após uma imensa repercussão, a ESPN demitiu Flávio Gomes , que depois foi contratado pelo Fox Sports.

Considerando o histórico do canal, segundo apurou a reportagem internamente, a possibilidade de demissão é bem grande, ainda mais se tratando de comentários de cunhos racistas.

Procurada pelo NaTelinha, a ESPN Brasil, através de sua assessoria, enviou o seguinte comunicado: "A ESPN repudia o racismo e qualquer tipo de preconceito, seja ele de credo, raça ou orientação sexual. A empresa informa que tomará todas as medidas cabíveis".

Em tempo

Após a repercussão da reportagem, o jornalista Caio Blois usou seu perfil no Twitter, que foi inativado pouco depois, para pedir desculpas pelos comentários feitos sobre o Flamengo.

"Venho a público pedir desculpas por tweets antigos. Algumas, de quanto eu tinha 15 anos e pouca noção da dimensão de frases e opiniões", escreveu ele. Em outro post, o jornalista afirmou que publicar uma mensagem de cunho racista não foi sua intenção.