Sexta, 03 de Maio de 2024

Pais denunciam UPA onde bebê de 1 ano morreu após receber medicamento

23/04/2024 as 11:43 | São Paulo | Metrópoles
Uma bebê de 1 ano morreu após receber uma medicação na veia em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Itaquera, zona leste de São Paulo, na última sexta-feira (19/4). Os pais da criança denunciam erro médico durante o atendimento.

Segundo a família, Lua Smith Azevedo apresentou febre e sintomas gripais no último dia 17. Os pais a levaram para um posto de saúde no bairro em que moram. Após receber medicamento, a bebê foi liberada.

No entanto, a menina voltou a ter febre no dia seguinte. Dessa vez, os pais levaram Lua até a UPA 26 de Agosto, no bairro da zona leste, por volta de 22h. Uma médica prescreveu um medicamento, que foi aplicado em seguida por uma enfermeira.

De acordo com a mãe, a profissional administrou de forma errada o remédio na criança, uma vez que a médica indicou a aplicação por gotejamento, e a enfermeira fez um bolus — quando o medicamento é aplicado diretamente na veia do paciente em até um minuto.

“A médica falou: ‘a medicação que eu passei não tem esse efeito que aconteceu com ela [Lua], não tem esse poder, porque a medicação é liberada no soro por gotejamento, então é bem devagarzinho’”, afirmou Caroline Smith, em entrevista à TV Record. A mãe da bebê, então, respondeu para a médica que a enfermeira não havia seguido o método indicado.

Lua sofreu uma parada cardíaca. Os médicos tentaram reanimá-la, mas a bebê não resistiu. A causa apontada na declaração de óbito foi broncoaspiração — condição em que alimentos, líquidos, saliva ou vômito são aspirados pelas vias aéreas, de acordo com a emissora.

O que dizem as autoridades
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso é investigado pelo 65°DP (Artur Alvim). A Polícia Civil pediu exames necroscópicos e toxicológicos ao Instituto Médico Legal. De acordo com a pasta, a enfermeira é investigada.

A mãe de Lua foi ouvida nessa segunda-feira (22/4).

Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela UPA, não respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.
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