Combate à inflação é área do governo Lula pior avaliada em pesquisa

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Social (Ipec) e divulgada neste domingo (21) analisou a percepção pública sobre diversas áreas da administração do governo Lula.

A pesquisa foi conduzida entre os dias 4 e 8 de abril, com a participação de 2 mil indivíduos, e possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Os resultados indicam que a atuação na área da educação é a única que registra mais avaliações favoráveis do que desfavoráveis.

As iniciativas no campo educacional são vistas como ótimas ou boas por 38% dos participantes da pesquisa. Enquanto isso, 31% consideram a atuação como ruim ou péssima, e 28% a classificam como regular.

Por outro lado, o combate à inflação foi a área mais criticada. O levantamento revela que 46% dos entrevistados julgam como ruins ou péssimas as medidas adotadas pelo governo para conter o aumento dos preços. Esse valor é o dobro do percentual que avalia a atuação como boa ou ótima (23%).

Além disso, os resultados apontam uma avaliação negativa em relação à segurança pública e à saúde. 42% dos participantes consideram a atuação do governo como ruim ou péssima nessas áreas.

Em relação à inflação, que despontou como o aspecto mais desaprovado pelos entrevistados, a pesquisa também investigou a percepção dos brasileiros sobre os gastos com itens essenciais.

Para 79% dos entrevistados, o preço dos alimentos aumentou nos últimos meses, enquanto apenas 9% acreditam em uma redução nos valores. A mesma percepção é compartilhada em relação às contas de água, luz e gás, com 76% dos participantes indicando um aumento nos últimos meses.

Os preços dos combustíveis e alugueis também foram alvo de questionamento na pesquisa. Nesse sentido, 66% dos entrevistados acreditam que os valores dos aluguéis aumentaram, e 61% percebem um aumento nos preços dos combustíveis.

Apesar da avaliação negativa sobre as ações de combate à inflação, os brasileiros ainda mantêm expectativas positivas em relação à melhoria do cenário econômico. De acordo com a pesquisa, 40% acreditam que a situação econômica do país estará melhor nos próximos seis meses, superando os 31% que preveem resultados negativos nesse período.