Sexta, 26 de Abril de 2024

Base aliada de Alckmin terá 73 das 94 cadeiras na Alesp

31/10/2014 as 06:00 | | Da Redaçao
A base aliada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa de São Paulo terá na próxima legislatura 73 das 94 cadeiras, de acordo com cálculos do líder do governo, Barros Munhoz (PSDB). De acordo com o levantamento do G1, há três indecisos e 18 na oposição.

"Hoje nós temos 68 na base e 26 na oposição. Na próxima legislatura, nós teremos 73 na base, 18 na oposição e três ainda não temos uma definição. É uma base mais tranquila do que a atual. Foi bom ser da base. O PSDB reelegeu 95%. O PT elegeu apenas 55%. A maior queda foi do PT", afirmou Munhoz.

A base aliada a Alckmin tem 15 partidos: PSDB, DEM, PV, PSB, PMDB, PRB, PSD, PR, PPS, PSC, PTB, PP, Solidariedade, PEN, PDT. Os indecisos estão no PHS, PSL e PPL. A oposição tem o PT, o PCdoB e o Psol. O líder do governo acredita que a composição do futuro governo Alckmin não deve ter impacto nestes números.
"Pode variar muito pouco essa composição", afirmou.

"Aqui, diferentemente de Brasília, não tivemos problema. A única discussão é se constitui CPI, se não constitui CPI. Todos os projetos do governo acabam sendo aprovados. Aqui tem sido oito anos de tranquilidade", disse Munhoz.
O líder da minoria, Adriano Diogo (PT), afirma que a bancada do PT caiu de 24 para 14 cadeiras. "Foi uma vitória muito forte do governador no primeiro turno, então a composição da situação ficou muito pior, muito mais conservadora. Eu vejo com muita preocupação. Não só diminuiu numericamente, como há uma outra conjuntura, muito mais agressiva", afirmou.

Diogo disse não acreditar que fora do PT, PCdoB e Psol haja deputados dispostos a compor com a oposição. Ele prevê que a hegemonia do governo vai diminuir o peso das decisões da Assembleia.

"Vai ser pior para a imagem. A cada ano piora. Porque você não só não consegue trazer as CPIs como eles não respondem aos requerimentos. Para implantar qualquer CPI precisa de 32 assinaturas. Agora diminuiu mais ainda. Acho que a coisa está muito ruim. A liderança do PT era muito importante. Tem uma série de CPIs na fila. Tem algumas em andamento, mas são totalmente inúteis. Não se consegue investigar a falta de água, os gastos do Metrô, os pedágios. Não se consegue investigar nada", afirmou.
Munhoz diz que a base sólida do governo não prejudica a independência da Assembleia.

"A CPI é um instituto tão desgastado que eu acho que vocês vão concluir que esse é um mito que perdeu razão de ser há muito tempo. Na verdade, aqui tem instrumentos", disse o deputado.
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