Sexta, 26 de Abril de 2024

Justiça apura suposto crime eleitoral de vereador em Jales

18/10/2014 as 08:01 | Jales | Da Redaçao
O vereador Luis Fernando Rosalino (PT), secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal, foi denunciado à Polícia Federal por suposto crime eleitoral.

De acordo com a denúncia embasada em uma filmagem feita do próprio vereador e de pelo menos mais uma pessoa, por volta de 5h30 da madrugada do dia 5 de outubro, dia da eleição, Rosalino estaria jogando panfletos e “santinhos” pela janela de seu carro particular, um Volkswagen Gol, cinza (prata), placas BNE-0108, nas proximidades da Escola Estadual Elza Pirro Viana, na esquina das ruas Um e Oito, no centro da cidade.

A filmagem foi apresentada à Polícia Federal e divulgada nas redes sociais e em sites de veículos de comunicação. Nela é possível ver o carro do vereador petista e um segundo veículo (um corsa cinza) percorrendo as ruas citadas em velocidade aparentemente acima do permitido, indicando que tentavam fugir do veículo que fazia a filmagem.

Nas proximidades do cruzamento das ruas Três e Seis, os dois veículos se separam e Rosalino segue até uma padaria na Rua Nova Iorque, onde é abordado pelo autor da filmagem, o secretário de Planejamento e Trânsito Aldo José Nunes de Sá, que tinha sido designado pela prefeita para fiscalizar a distribuição de santinhos nas escolas e evitar a sujeira nos locais de votação.

Na filmagem, Luis Fernando Rosalino diz que quem espelhava os santinhos era o homem que estava no seu carro e que ele apenas o transportava. Porém, é possível ver o que seria farto material de campanha no interior do veículo. “Ele jogou. Eu não joguei”, afirma para em seguida desafiar: “Já chamou a polícia?”

INQUÉRITO
O caso foi enviado pela Polícia Federal ao Ministério Público, onde o promotor eleitoral, Eduardo Hiroshi Shintani, vai analisar e decidir se faz a denúncia à Justiça ou arquiva o caso. Segundo a Justiça Eleitoral, um procedimento investigativo já foi aberto. O juiz da vara, José Geraldo Nóbrega Curitiba, confirmou o fato, mas disse que não poderia se pronunciar, já que pode ser obrigado a julgar a possível ação.

Em entrevista radiofônica, Rosalino minimizou a filmagem e disse que a denúncia foi motivada por perseguição política. “Eu fui o presidente da CEI do Lixo, então é por isso”, disse, sem explicar por que carregava material de campanha em seu carro particular às 5h30 da madrugada do dia da eleição.


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