Sábado, 27 de Abril de 2024

Coordenador LGBT de Marina abandona a campanha

Coordenador do núcleo LGBT deixa o cargo na campanha de Marina após a candidata do PSB recuar sobre programa de governo diante de pressão de Silas Malafaia
02/09/2014 as 13:41 | Brasil | Da Redaçao
O secretário nacional LGBT do PSB, Luciano Freitas, deixou a coordenação da campanha de Marina Silva.

Irritado com o recuo em questões gays no programa de governo da candidata à Presidência, Freitas avisou que se dedicará, a partir de agora, à campanha de Paulo Câmara (PSB) ao governo de Pernambuco.A saída do dirigente é a terceira baixa da campanha desde que Marina assumiu a cabeça de chapa, há duas semanas.

As primeiras defecções foram do secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, e do integrante da Executiva, Milton Coelho.
No sábado, o segmento se reuniu com a coordenação da campanha para discutir o evento que a candidata teria com a comunidade LGBT. Participantes da reunião revelaram que, após as manifestações do pastor Silas Malafaia e a repercussão da comunidade evangélica nas redes sociais, a candidata se viu pressionada a voltar atrás.

Freitas questionou a mudança no programa por pressão de setores conservadores. Ele já havia feito ressalvas a Marina na reunião da Executiva que selou sua candidatura. Na ocasião, o dirigente disse temer que a ex-ministra não seguisse o programa aprovado por Eduardo Campos, candidato do PSB ao Planalto morto no dia 13 de agosto.

As propostas apresentadas na sexta-feira seguiam integralmente as reivindicações que o PSB havia articulado com os partidos da coligação. De acordo com um dirigente da cúpula do PSB, o programa divulgado inicialmente estava de acordo com o que o PSB pensa sobre as demandas LGBT, mas a candidata tem o direito de não assumir determinados compromissos.
“Se o Eduardo tivesse se encontrado numa situação como esta, ele faria o diálogo, não uma errata logo de cara” criticou outro dirigente.

Um dos pontos que foram cortados do programa de Marina é o apoio ao projeto de lei 122, que equipara o crime de homofobia ao racismo, com a aplicação das mesmas penas previstas em lei. Outro recuo se refere à união entre pessoas do mesmo sexo, onde inicialmente se referia ao direito ao casamento civil.
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