Sábado, 20 de Abril de 2024

O caso Aline

16/05/2022 as 06:00 | Fernandópolis | Jean Braida
Esta semana foi o julgamento de Bruno Henrique Pereira Leal por feminicídio em Fernandópolis. O caso, que chocou a região há 2 anos, teve o desfecho nesta última quinta-feira, 12 de maio.

O rapaz que tem 33 anos, morava junto com Aline e tinha um filho em comum. No dia 7 de julho de 2020, Bruno trancou a companheira em um quarto após pedir dinheiro para comprar droga e receber resposta negativa.

A vítima aproveitou que o marido dormiu, pulou a janela e fugiu para a casa de uma prima. Bruno acordou, percebeu que a mulher não estava na casa e também foi à residência. Ao abordar a Aline, ele a pegou e jogou no banco do passageiro do carro de forma violenta. Segundo o Ministério Público, o agressor parou o carro no Jardim Ipanema, onde agrediu a vítima e a matou asfixiada. Na sequência, Bruno trafegou pela Rodovia Euclides da Cunha (SP-320), entrou em um canavial, ocultou o corpo de Aline e dirigiu sentido Rio Preto. Por volta das 20h15, ele foi encontrado por policiais militares e confessou o crime.

Horas antes de ser assassinada, mais precisamente, no dia 6 de julho, às 17h09, Aline usou as redes sociais para fazer um desabafo: “Um dia a gente aprende”, escreveu.

De acordo com a Polícia Civil, Bruno já tinha agredido e ameaçado a vítima e parentes dela nos últimos meses. Ele estava sendo investigado em liberdade. “Observamos que ele praticou lesão corporal na vítima em janeiro. Ele foi autuado em flagrante e, segundo consta, foi liberado na audiência de custódia. Já no ano passado, ele agrediu a mãe da vítima e ameaçou a irmã dela”, afirmou o delegado Oreste Carósio Neto, ao G1.

Agora, pensa comigo, um cara com o histórico de agressão como esse, o que estava fazendo em liberdade, e pior, morando com a mulher que ele “vivia” agredindo? Acho que a resposta estava no amor e na boa vontade de Aline em querer sua família unida, e pensar que ele também a amava, mesmo tendo esse comportamento. Penso que ela acreditava na mudança de Bruno.

Quantas mulheres estão sendo ofendidas ou até mesmo agredidas neste exato momento? Quantas mulheres estão deixando com que o medo, ou até mesmo o amor, supere a coragem de dar um basta nesta vida sem perspectivas? Quantos filhos estão presenciando neste momento, pais abusadores e agressivos com suas mães?

Mulher, denuncie! Não jogue sua vida no lixo por quem não te ama. E não venha me falar que é o jeito dele. Que você sente que ele te ama. Quem ama cuida, protege, dá carinho. Pense que antes de você amar outra pessoa, é necessário que você se ame primeiro. Assim, suas atitudes poderão salvar a sua vida e a dos seus filhos.
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