Sábado, 27 de Julho de 2024

Envelhecimento e Repercussões na Saúde Mental

"Nada deveria ser mais esperado e, no entanto, nada é mais imprevisto que a velhice.” (Simone de Beauvoir, 1990, p. 11)
24/05/2024 as 06:15 | Fernandópolis | André Marcelo Lima Pereira
Em cada fase da existência, as pessoas vivenciam necessidades distintas e desafios compatíveis com o momento de suas vidas. Na adolescência (ou juventude), por exemplo, os mais jovens se preocupam com os estudos (provas, vestibular, ensino superior), relacionamentos amorosos, escolha de uma profissão etc.; é “uma etapa do ciclo de vida, de transição entre a infância [...] para a idade adulta”, cuja duração e significação social nem sempre têm um período demarcado (Faht, 2011, p.22). Na esfera psicológica, outro fenômeno da adolescência é a construção social, no domínio individual do mundo simbólico, subjetivo, intercambiado entre mundo material e mundo social. Habitualmente, é marcada por responsabilidades menores que a vida adulta, impasses, crises e conflitos próprios desta etapa da vida (Farias, 2011).
Tradicionalmente, as fases da vida são: infância e adolescência, vida adulta e velhice (Santos, 2018), embora, atualmente, sejam apontadas outras fases. Ribeiro (2004) destaca a quebra moderna da linearidade da vida: o ciclo vital assume configurações novas a cada etapa até o envelhecimento e a velhice. Costuma-se demarcar o ciclo da vida humana em quatro fases: infância, adolescência, idade adulta e velhice, embora se reconheça que as idades que identificam as fases não são rígidas, mas aproximações. Quando, porém, se aborda o desenvolvimento humano, explora-se um vasto terreno, centrado em mudanças, avanços, aquisições, crescimento e transformações biopsicossociais (Xavier; Nunes, 2015).
Na vida adulta, as preocupações se voltam para outros quadrantes como vida profissional, qualificação para o trabalho, progresso pessoal, família, economia etc. O adulto vivencia e aglutina experiências, mas, principalmente, aprende, deve estar sempre disposto a viver experiências, obter ganhos no processo evolutivo. A maioria dos indivíduos adultos produz, trabalha, vive e sobrevive do trabalho, em qualquer circunstância de realidade social, econômica e cultural. Os paradigmas se modificam graças às novas estruturações pessoais, sociais e comportamentais: vida social mais ativa em favor de progresso e do futuro almejado; busca de um sentido da vida, associado a “um propósito, uma direção, uma razão para a existência”, de satisfação “com a vida, mesmo diante de situações difíceis, quando o ‘para que viver’ é essencial” (Sommerhalder, 2010, p. 271). No âmbito psicológico, pressupõe-se que as características da vida adulta já se apresentem em suas configurações básicas quando “não há mais previsão de mudanças qualitativas radicais como aquelas ocorridas entre a infância e a adolescência” (Santos, 2018, p. 383).
Considera-se a vida adulta como a mais longa do ciclo vital (a partir dos 18/20 anos). Apresenta estabilização das mudanças ocorridas na adolescência (profissão, trabalho, independência financeira completa ou parcial, responsabilidade aumentada, casamentos, formação de prole) e alcance máximo das capacidades físicas, enquanto a maturidade psicológica depende de realizações como descobrir a própria identidade e a aquisição de um sistema de valores e relacionamentos (Papalia; Feldman, 2013).
A essa fase, segue-se a velhice (ou terceira idade) com suas peculiaridades, compreendida a partir da interação entre os diferentes aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais: experiência de vida mais elevada, maior exposição a doenças etc. Pode-se considerar que a velhice se inicia a partir dos 75 anos, porque muitas pessoas de 60/65 anos continuam ativas no trabalho e com boa qualidade e expectativa de vida (Who, 2005).
Contudo, envelhecimento e velhice se distinguem. Envelhecimento é processo caracterizado por “alterações estruturais, bioquímicas, funcionais e psicológicas que podem ocorrer no corpo humano, provocando transformações” variáveis entre as pessoas (Brasil, 2023, p. 14). É processo progressivo, individual, influenciado por fatores genéticos, condições de saúde física e mental e condições ambientais e sociais; vem associado ao desenvolvimento do ser humano ao longo da vida em que muitas funções corporais declinam gradualmente (Silva; Santos; Pucci, 2021). No envelhecimento, o maior desafio está não em viver mais, mas viver de forma saudável e com qualidade de vida (Papaléo Netto, 2017). A velhice deve ser compreendida em sua totalidade e múltiplas dimensões e impactos. Embora não seja sinônimo de adoecimento, na velhice é enfática a predisposição a prejuízos e deterioração (do corpo e da mente) que, associados a outros fatores, podem motivar doenças crônicas e evolução de transtornos mentais (Silva; Santos; Pucci, 2021).
O envelhecimento é prolongamento e término de um processo de modificações fisiológicas e psicológicas contínuas à ação do tempo sobre as pessoas. Por isso é necessária a atuação de um profissional da saúde para reconhecimento emocional e físico dessas pessoas, ajudando-as a melhorar sua qualidade de vida (Santana; Belucco, 2017). Além disso, o envelhecimento costuma aparecer associado a perdas e doenças (muitas vezes, entendidas apenas como problema médico), à decadência física e deterioração do corpo, a um declínio cumulativo de funções (audição, visão, cognição) e da força física, a incapacidades diversas, à dependência em vários níveis e dimensões (Brasil, 2006; Estrêla; Machin, 2021). Em decorrência, as pessoas idosas devem buscar o controle de doenças, preocupar-se com manter a saúde, o bem-estar físico, psíquico e social e a qualidade de vida (Papaléo Netto, 2017).
O mundo está envelhecendo rapidamente, o que provoca significativas alterações na estrutura etária da população. O envelhecimento populacional traz consigo problemas de saúde que desafiam os sistemas de saúde e de previdência social. Todavia, envelhecer não significa necessariamente adoecer, salvo se existir alguma doença associada que comprometa um bom nível de saúde. Além disso, os avanços no campo da saúde e da tecnologia possibilitaram à população acesso a serviços de saúde mais adequados e melhor qualidade de vida nesta etapa da vida. Neste espectro, é essencial investir em prevenção ao longo de todo o curso de vida, de forma a equacionar os desafios de hoje e, de modo crescente, os desafios futuros (Miranda; Mendes; Silva, 2016).
A ampliação da longevidade é uma das maiores conquistas da humanidade: se, antes, atingir a velhice era privilégio de poucas pessoas, hoje passou a ser norma mesmo em países menos desenvolvidos devido à melhora substancial nos parâmetros de saúde das populações, ainda que isso não se faça presente nos diferentes países e contextos socioeconômicos. Essa conquista implica, porém, um desafio maior: cuidar bem desse grupo etário e incorporar qualidade aos anos adicionais de vida, garantindo a saúde e o bem-estar (Noronha; Castro; Gadelha, 2023).
Envelhecer é condição inerente à natureza humana, e mudanças ocorrem de forma dinâmica nas esferas biológica, psicológica, social e cultural, em função do tempo. O envelhecimento é processo natural do ciclo da vida, a ser vivenciado com “autonomia, independência, reconhecimento de direitos, segurança, dignidade, bem-estar e saúde”, cujos fatores determinantes “envolvem a integração de aspectos individuais, econômicos, sociais, físicos, comportamentais, de serviços sociais e de saúde” (Leandro-França; Murta, 2014, p. 320).
No envelhecimento, Teixeira e Neri (2008, p. 83) identificam prováveis indicadores de sucesso enfatizando a capacidade funcional: “satisfação com a vida, longevidade, ausência de incapacidade, domínio/crescimento, participação social ativa, alta capacidade funcional/independência e adaptação positiva”. Moraes e Moraes (2019) destacam fatores preditores da capacidade funcional em idosos: nível educacional elevado, condição econômica estável, bom desempenho cognitivo, prática regular de atividade física, autoeficácia, participação social e ausência de doenças crônicas. O envelhecimento bem-sucedido depende do equilíbrio entre perdas e ganhos próprios, de maior “necessidade de desenvolver habilidades adaptativas, competências e resiliência frente às limitações presentes no curso do envelhecer”: quando o idoso desenvolve mecanismos para lidar com perdas associadas ao envelhecimento, torna-se capaz de compreender os benefícios e as restrições presentes nessa fase da vida (Silva; Santos; Pucci, 2021, p. 485).
A velhice se caracteriza como uma etapa com peculiaridades que chamam a atenção. Nesta etapa, o desenvolvimento psicossocial representa uma sucessão de estágios críticos, marcados por tensões que podem encaminhar para a integridade ou a iniquidade. Quando o indivíduo consegue olhar sua vida de modo positivo, sem sentimentos de culpa, mágoas ou arrependimentos, “tende a sentir-se íntegro, esperançoso e tranquilo. Do contrário, vivencia o desespero e o desgosto”, e o existir passa a ter baixo ou nenhum sentido (Santos, 2018, p. 383). Em contrapartida, para os idosos, o significado da vida se associa à natureza do suporte social que recebem de familiares e amigos próximos com os quais conseguem manter relacionamentos mais íntimos e apoio afetivo (Sommerhalder, 2010).
Uma das consequências do envelhecimento da população é representada pelo aumento da prevalência de enfermidades típicas da terceira idade (Clemente; Loyola Filho; Firmo, 2011). O envelhecimento humano experimenta um processo de declínio, com alterações orgânicas, bioquímicas, psicológicas e comportamentais que se manifestam de modo uniforme no decorrer da vida (Silva; Santos; Pucci, 2021). Nesta fase, é comum estarem presentes a confusão mental (perda de memória e de concentração), irritabilidade e agressividade, incapacidade para manter uma rotina e participação ativa no ambiente familiar, baixa qualidade de vida. Por isso, os idosos demandam cuidados em saúde diferentes dos demais componentes populacionais: uma população mais envelhecida requer maiores investimentos e recursos em saúde e seguridade social. Neste tópico, o Brasil se defronta com o desafio de elaborar políticas públicas mais eficientes para ofertar melhores condições de vida e saúde à sua crescente população idosa (Clemente; Loyola Filho; Firmo, 2011).
A pessoa idosa encerra características singulares e vulnerabilidades no campo da saúde mental. De modo geral, as mais comuns referem o acúmulo de morbidades, vínculos afetivos e relacionais frágeis, desigualdade de acesso a bens e serviços públicos, maior suscetibilidade a certas doenças, inclusive mentais, e poucos recursos para autoproteção. As vulnerabilidades compreendem distintas dimensões (física, social, psicológica), mas indissociáveis, e o indivíduo pode apresentar diferentes níveis de fragilidade em cada um dos domínios ou na relação entre eles, conforme características pessoais, eventos danosos e capacidade de enfrentamento (Barbosa; Fernandes, 2020).
Fragilidade é síndrome clínica descrita pela diminuição da reserva energética e resistência reduzida aos estressores, condição resultante de declínio cumulativo dos sistemas fisiológicos que tornam os indivíduos vulneráveis e com dificuldades de manter a homeostase pela exposição a perturbações (Gross et al., 2018). As pessoas idosas compõem um grupo especialmente desprotegido devido a variáveis fisiológicas ou biológicas, psicológicas e socioculturais que permeiam o envelhecimento: alterações ambientais, mudanças na condição de saúde, desregulação do sistema neuroendócrino e disfunção do sistema imunológico (Andrade et al., 2012); podem incidir em desfechos clínicos adversos como declínio funcional, instalação de doenças mentais e morte. O risco aumenta com o avançar da idade, impondo prioridades na organização da atenção e intervenções clínicas para reverter os danos (Brasil, 2006).
Dentre os fatores que interferem na saúde mental do idoso, evidenciam-se os transtornos mentais atrelados às funções cognitivas. Além disso, sua condição é caracterizada por degenerescência decorrente de doenças crônicas ou de outras patologias que ameaçam a integridade física, mental, social, econômica, ou impedem o indivíduo de atender suas necessidades. Este estado de doença traz repercussões psíquicas inevitáveis, como angústias, medos, alterações na autoimagem e algum nível de dependência. Embora suas maiores preocupações se refiram ao comprometimento da saúde física, a saúde mental não pode ser ignorada devido à sua progressiva deterioração que agrava o sofrimento emocional e afeta diretamente a qualidade de vida (Silva; Santos; Pucci, 2021).
A OMS (Who, 2004, p. 16) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. Em decorrência, saúde mental corresponde a “um estado de bem-estar no qual o indivíduo utiliza suas capacidades, lida com o estresse normal da vida, trabalha de modo produtivo e frutífero e contribui para a comunidade” (Casemiro; Ferreira, 2020, p. 84). Portanto, saúde mental não se restringe ao que o indivíduo sente, mas representa um conjunto de fatores inter-relacionados: estado de bem-estar mental, realização de capacidades, trabalho produtivo, responder aos desafios da vida, ter compromissos com a comunidade, construir relações e moldar o mundo para o desenvolvimento pessoal, comunitário e socioeconómico (Oliveira, 2022). Assim entendido, bem-estar não envolve apenas o aspecto psicológico e emocional (saúde mental), mas as condições essenciais de saúde física, econômicas, ambientais e apoio social: a saúde mental reflete as relações mútuas entre fatores biológicos, psicológicos e sociais, formas de interação e apoio mútuo.
O processo de envelhecimento natural do organismo não está, necessariamente, associado a doenças, embora elas, quando presentes, sejam uma agravante significativa à medida que avança a idade (Brasil, 2006). Como ocorre em qualquer fase da vida, a terceira idade (idoso e velhice) é marcada por desafios e adversidades que podem ser superados pela resiliência, apoio social e acompanhamento psicoterapêutico nos momentos mais delicados ou críticos. Entende-se por resiliência a capacidade humana de enfrentar as adversidades da vida para superá-las por meio de processos adaptativos e recursos pessoais e externos aos indivíduos que reúnem virtudes humanas como autoeficácia, autoestima, regulação emocional, coping, felicidade, bem-estar, satisfação com a vida, otimismo, perseverança, esperança, gratidão e espiritualidade (Silva Júnior, Eulálio, 2022). Entenda-se coping como o “conjunto de estratégias cognitivas e comportamentais desenvolvidas pelas pessoas para lidar com as exigências internas e externas da relação entre o indivíduo e o ambiente” (Dias; Pais-Ribeiro, 2019, p. 56).
Na população idosa, prevalecem problemas de saúde mental, muitas vezes “atribuídos a eventos estressantes, a presença de doenças, incapacidades e o isolamento social” (Novaes et al., 2023, p. 3). Entre os impactos que mais afetam os idosos estão: solidão ou afastamento social (colocação em asilos, abandono pela família), ócio (falta de ocupação ou lazer), alterações de humor (por dores físicas e emocionais, tristeza, raiva, frustrações), negligência (abandono afetivo, necessidades não atendidas), corpo e mente debilitados (problemas de saúde e mobilidade, fragilidades progressivas, limitação da liberdade, ausência de atividade física, frequência restrita a certos ambientes), transtornos mentais (sofrimento mental, memória prejudicada, raciocínio lento) e insônia (sono diminuído, letargia e sonolência) (Brasil, 2006; Souza et al., 2022; Bezerra; Nunes; Moura, 2023).
Para Souza et al. (2022, p. 1742), os problemas de saúde mental de idosos costumam ter origem em “isolamento social, morte de pessoas próximas, presença de múltiplas doenças, avanço da idade” e fatores como a baixa escolaridade. A desigualdade social é outro fator de risco para o desenvolvimento do adoecimento psíquico, somada à solidão, separação, perdas, humilhação, estresse e dor física (Novaes et al., 2023). Ainda influenciam na saúde mental fatores como desemprego, educação, pobreza, condições de habitação, nível de urbanização, discriminações, exclusão social e estigmas, cultura e acontecimentos de vida mais estressantes. Na visão de Bleger (2004), não interessa apenas que o indivíduo apresente ausência de doenças, mas que mantenha um desenvolvimento integral: na saúde mental: o olhar se desloca da doença para a observação de como o ser humano vive em seu cotidiano em que saúde e doença são condições que projetam reflexos nos perfis variáveis de fragilidade e outros fatores que predispõem condições indesejáveis de saúde.
Nos idosos, os estados psicológicos e emocionais podem induzir quadros psiquiátricos que incluem demência, depressão (o mais marcante problema de saúde mental) ou estados depressivos, transtornos ansiosos e quadros psicóticos (Clemente; Loyola Filho; Firmo, 2011). A depressão é condição que exige maior atenção, pois prejudica toda a estrutura emocional, afetiva e cognitiva, e interfere nos sentimentos, autoestima, autoimagem, aceitação das próprias limitações, bem-estar físico e mental. No processo de envelhecimento, o ser humano está sujeito a desenvolver o sentimento de finitude da vida, autoavaliação negativa, sensação de inutilidade, insuficiência, ansiedade e irritabilidade, desmotivação, distanciamento da família, sensação de impotência, falta de autonomia e aumento de dependência emocional (Silva; Santos; Pucci, 2021).
Assim, nos transtornos mentais frequentes se enquadram: a) depressão com sintomas de perda do prazer de viver, apatia generalizada, tristeza constante, desânimo, irritabilidade, letargia, isolamento social, desinteresse, pessimismo (Leandro-França; Murta, 2014); b) ansiedade constante e intensa: preocupação excessiva com o futuro, falta de concentração, fadiga, tensão muscular, pessimismo, sentimento de desvalia ou culpa excessiva, medo irracional (Brasil, 2006); demência (causa de internações de idosos), com sintomas de: perda de memória, desorientação, mal de Alzheimer, dificuldade de falar e executar atividades diárias, alterações de personalidade, comportamento inadequado (Afonso, 2022); d) síndrome do pânico (transtorno do pânico): sensação constante de ser atormentado, medo irracional e mal-estar imotivados, batimentos cardíacos acelerados, náusea ou vômito, preocupação excessiva, pensamentos trágicos, dor no peito, sensação de sufocamento e de ataque cardíaco (Salum; Blaya; Manfro, 2009); e) bipolaridade (transtorno bipolar): comportamentos inapropriados e inexplicáveis, manias, falsa autoestima, crenças irreais, alternância entre euforia e disforia, desolação, desgosto (Silva et al., 2022); f) esquizofrenia tardia: afeta a capacidade de pensar, sentir e se comportar com clareza; episódios de alucinação, delírios fantasiosos, isolamento social, agitação e movimentos anormais (Picon; Gadelha; Alexandre, 2019).
O envelhecimento populacional é resposta a mudanças de indicadores de saúde e implica modificações em políticas públicas focadas na promoção, proteção, prevenção e atenção em saúde: o idoso é um dos alvos proeminentes dessas políticas que devem priorizar o envelhecimento ativo, alimentação saudável, atividade física, autonomia, participação social, equidade e integralidade da assistência (Who, 2005). Oliveira et al. (2016) reportam que condições como prevenção, promoção e manutenção da saúde e da capacidade funcional, independência, autonomia e retardamento de doenças e fragilidades em população mais velha representam os maiores desafios à saúde decorrentes do envelhecimento da população.
O envelhecimento humano não significa, necessariamente, precarização das condições de vida e saúde, embora muitos idosos apresentem inúmeros agravos à saúde com tendência à cronicidade, mas passíveis de detecção precoce, controle e monitoramento eficientes, adiamento e prevenção por meio do estímulo de comportamentos pautados na produção da saúde que possibilita um envelhecer salutar. Todavia, a privação de direitos e de acesso a bens e serviços sociais, a exclusão social, a qualidade de vida precarizada, doenças e agravos da saúde são potenciais fatores de risco de sofrimento e, mesmo sem ser condição inerente do envelhecer, adoecimento psíquico (Tonin; Barbosa, 2018). Considerando como algo intrinsecamente subjetivo e singular e como fase positiva ou negativa, os estigmas sociais impostos induzem as pessoas a pensarem que o envelhecimento seja uma etapa de perda de funções, abandono, solidão, decadência e patologias psíquicas (Santos et al., 2023).
O bem-estar na velhice requer bom desempenho cognitivo e execução de atividade física que favoreçam um envelhecimento ativo com gasto de energia e movimentem uma grande quantidade de sensações no âmbito corporal, psíquico e emocional. Por isso, um dos desafios é produzir ações de prevenção e cuidados capazes de reduzir os efeitos do envelhecer. Essas ações englobam políticas públicas que estimulem modos de viver mais saudáveis e seguros em todas as etapas da vida, favoreçam a prática de atividades físicas no cotidiano e no lazer, previnam situações de violência, incentivem uma cultura da paz, promovam acesso a alimentos saudáveis e redução do consumo de tabaco, entre outros – o que contribui para um envelhecimento com ganho substancial em qualidade de vida e saúde (Brasil, 2006).
São fundamentais, portanto, os cuidados com a saúde do idoso e tratamentos direcionados (sempre com orientação médica e psicológica), bem como apoio e assistência da família que ajuda a trazer bem-estar, alegria, tranquilidade para o idoso e fortalecimento de vínculos (Brasil, 2017). São cuidados direcionados aos idosos: incentivar o lazer adequado para a idade (jardinagem, atividades físicas leves como caminhadas e marcha, passeios em grupo), atividades intelectuais e artísticas (leitura, palavras cruzadas), hidroginástica orientada, incentivo à autoestima e autocuidado, auxílio na locomoção e execução de atividades diárias (Mori; Silva, 2010). Para se ter saúde mental, base do bem-estar geral do indivíduo, é necessário contemplar um estilo de vida saudável que promova a saúde física e mental. Neri et al. (2013) argumentam que gozar de um envelhecimento bem-sucedido demanda mínimos déficits cognitivos e físicos: tais condições positivas podem ser promovidas por nutrição adequada, autocuidado em saúde, suporte social e senso de autoeficácia – atributos construídos por experiências adquiridas ao longo da vida.
No atendimento à saúde mental de idosos, merece destaque a realização de terapias para ampliar o autoconhecimento, notadamente para aqueles com queixa ou condições de saúde mental comprometidas (Leandro-França; Murta, 2014). Há evidências de que a “psicoterapia para as pessoas idosas não é diferente da indicada em qualquer outra idade [...]. Possuem altas taxas de eficácia em especial as terapias centradas em problemas presentes, pois fornecem à pessoa recursos adicionais para enfrentamento de problemas” (Brasil, 2006, p. 106).
Os planos de ação voltados para a saúde mental da pessoa idosa devem envolver, entre outros movimentos: aplicação de estratégias de prevenção de transtornos mentais ou sua descoberta (diagnóstico) precoce; tratamento de doenças mentais (com inclusão de procedimentos de diagnósticos, medicação adequada, psicoterapia); capacitação de profissionais e demais pessoas para atenção à saúde mental da população idosa (Leandro-França; Murta, 2014), ou seja, promoção e proteção à saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde (Brasil, 2006).
Diante dessa percepção, sugere-se que os profissionais de saúde (clínicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes) sejam treinados e capacitados para atuar junto à população idosa de forma interdisciplinar, em ações de promoção da saúde: é válido acolher que, neste sentido, a Atenção Primária à Saúde representa um cenário favorável. Acrescentem-se, ainda, ações de educação e conscientização para alcançar uma velhice com saúde física e mental e fortalecer uma rede de cuidados e apoio aos idosos envolvendo a família, voluntários e comunidade em programas de aprendizagem ativa sobre educação em saúde, estilo de vida, função física e saúde mental (Who, 2005). Casemiro e Pereira (2020) reforçam que ações efetivas de prevenção e promoção da saúde mental, bem planejadas, e implementação de programas de promoção do envelhecimento saudável são importantes para que os idosos se sintam úteis, ativos e integrados socialmente.
Uma das formas que aportam benefícios estimulantes aos idosos é a constituição e participação nos grupos de convivência, que funcionam como uma ferramenta social para organização de atividades culturais e recreativas, cujos objetivos envolvem “prevenir a solidão e o isolamento, incentivar a participação e inserção social da pessoa idosa, facilitar as relações pessoais e intergeracionais [...] contribuindo para um envelhecer saudável” (Santos et al., 2023, p. 214). Os grupos de convivência auxiliam na promoção da saúde mental do idoso, estimulam o convívio social e a descoberta de novas aptidões, minimizam ou preenchem o vazio da solidão na terceira idade e beneficiam a saúde física e mental (Neves; Macêdo, 2017). Além disso, proporcionam atividades que ambicionam o resgate da autonomia, o autoconhecimento, a integração entre os participantes, o desenvolvimento das potencialidades; melhoram a autoestima, qualidade de vida, senso de humor; promovem a convivência familiar e a inclusão social com possíveis acessos a experiências artísticas, culturais e de lazer.
Em todo este contexto, o papel do psicólogo na velhice é de fundamental importância para autoproteção do idoso, o fortalecimento do bom convívio direto com familiares, amigos e a própria vivência de um profissional da saúde, o que pode fazer eclodirem melhorias na saúde física e mental do idoso. A figura do psicólogo torna-se indispensável no enfrentamento de problemas da saúde mental que aportam consigo comprometimentos físico e cognitivo, já que perdas cognitivas, afetivas e isolamento social constituem fatores de risco para o desencadeamento de distúrbios mentais e impacto direto na qualidade de vida (Brasil, 2006; Bezerra; Nunes; Moura, 2023). No universo da pessoa idosa, trabalham-se pensamentos e sentimentos adversos decorrentes da experiência e pensamentos catastróficos comuns em situações de adoecimento. É natural, pois, que o indivíduo necessite de cuidados especiais, acompanhamento médico rotineiro e de psicólogo diante dos agravos à saúde.
Além de buscar melhorias na qualidade de vida do idoso, o psicólogo procura “minimizar preconceitos e ideias equivocadas”, incentivar a estimulação mental, o controle do estresse, o apoio psicológico, a atitude positiva perante a vida e o envelhecimento, de forma a contribuir para diminuir ou retardar efeitos deletérios da passagem do tempo sobre esses sujeitos (Santana; Beluco, 2017). Em suas ações direcionadas para melhorias na qualidade de vida dos idosos, o psicólogo deve contar com o apoio da família e, subsidiariamente, da comunidade, incentivando a autoestima e o fortalecimento dos espaços de socialização, de forma que explicitem suas vivências e angústias, favoreçam trocas e estreitem vínculos, e contribuam para dar sentido de pertencimento e ressignificação do processo de envelhecer (Souza et al., 2022).
O psicólogo pode contribuir para dar respostas adequadas aos desafios do envelhecimento: comportamentos ao longo do ciclo vital, aspectos cognitivos e impactos psicológico e social do processo de envelhecer. À medida que a população idosa aumenta, as necessidades de atendimento e intervenção psicológica também aumentam, preferíveis à medicação que propende a produzir efeitos adversos mais acentuados ne sujeito idoso. A atuação do psicólogo pode ser efetiva na propositura de um envelhecimento ativo, reforçar o potencial desta fase, promover um estilo de vida ativo e saudável, com envolvimento social e comunitário (Teixeira; Neri, 2008).
O psicólogo também se habilita a ofertar à população idosa: informação acerca dos processos de envelhecimento e de suas consequências; desmistificar crenças e mitos sobre a velhice e o envelhecimento, viabilizando um olhar mais realista e positivo do processo; facilitar a participação dos idosos na vida coletiva; desenvolver programas que estimulem o envelhecimento ativo em seu potencial máximo e programas de prevenção e promoção da saúde psicológica. Em casos específicos, pode intervir nos problemas de saúde psicológica (como depressão e ansiedade) e nos processos demenciais e mudanças associadas ao estilo de vida e ao comportamento (Who, 2005). Na demência inicial, o psicólogo auxilia o idoso a construir estratégias e capacidades de coping que lhes permitam reduzir o estresse e otimizar as capacidades cognitivas remanescentes (Dias; Pais-Ribeiro, 2019); tais estratégias têm potencial para moderar o impacto das adversidades, amplificar os níveis de bem-estar psicológico e reduzir o sofrimento.
É importante destacar que, quando fatores de risco de doenças crônicas e de declínio funcional são mantidos baixos, ao mesmo tempo em que se mantêm elevados os fatores de proteção, as pessoas idosas conseguem desfrutar maior qualidade de vida e por tempo mais longo, permanecer sadias e capazes de cuidar de sua própria vida à medida que envelhecem e evitar tratamentos médicos constantes e serviços assistenciais onerosos por meio de serviços sociais e de saúde (Who, 2005).
Revitalizar a mente é um dos principais desafios do envelhecimento, no sentido de manter a memória e um bom funcionamento cognitivo que auxiliem nas habilidades cognitivas necessárias para controlar e regular os pensamentos, emoções e ações. O corpo e a mente necessitam de exercícios para permanecer em funcionamento: as pessoas idosas devem manter a mente ativa e investir na prevenção para promover cada vez mais o envelhecimento ativo, participar e envolver-se continuamente na vida social, econômica, cultural e espiritual. Um envelhecimento ativo está vinculado a três pressupostos interligados: saúde (física e mental), participação social e segurança. É oportuno destacar que a família desempenha papel fulcral em apoiar, estimular e satisfazer as necessidades e vontades dos idosos: é fundamental que estimule comportamentos, rotinas saudáveis e atividades prazerosas que aumentem a autoestima da pessoa idosa.

REFERÊNCIAS

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