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S�bado, 27 de Julho de 2024

PROGRAMA DE REABILITAÇÃO: o lugar de cada ator dentro do processo

02/03/2024 as 22:30 | Fernandópolis | André Marcelo Lima Pereira
A Psicologia é caracterizada por vincular-se à ciência e à profissão, contribuindo com normas e delineamentos para a formação e atuação profissional do psicólogo. Como ciência psicológica, tem-se mantido pela diversidade de funções, modelos teóricos e métodos de investigação. Como abordagem científica, a Psicologia é entendida como “processo dinâmico entre a reflexão teórica e a possibilidade de verificação de fenômenos psicológicos” (prática psicológica), fazendo-se um campo permanente de intervenção na sociedade diante dos fatos e fenômenos humanos com assento nos pressupostos da ciência psicológica (Cruz, 2016).

Ao trabalhar em reabilitação, a Psicologia atua como processo facilitador para que o paciente compreenda como as perdas podem ter alterado suas condições de vida, adaptativas e emocionais. O psicólogo busca auxiliá-lo a superar, ao máximo, o impacto das perdas cognitivas e as dificuldades cotidianas, elabora e aplica novos recursos de enfrentamento dos agravos e redução de habilidades de seu “cliente”, isto é, adota estratégias e recursos na perspectiva de recuperar a saúde física e mental, para que o paciente volte a gozar, em sua plenitude, as funcionalidades físicas, sensoriais, intelectuais, sociais e psicológicas (Alves, 2011; Domingues et al., 2013).

Os pacientes em reabilitação normalmente sofrem limitações motoras, funcionais e neurológicas que geram impactos psicológicos na sua vivência diária (Brasil, 2015; Souza; Silva; Barros, 2023). Muitas vezes, esses pacientes tiveram seus projetos de vida interrompidos e vivenciam mudanças radicais no seu dia a dia (Franco, 2015; Bertussi et al., 2021). Por isso, necessitam de apoio multidisciplinar para que consigam adequar sua rotina e seus planos e projetos à nova realidade e gozar de uma vida plena e com qualidade (Brasil, 2015).

O atendimento psicológico é processo psicoterapêutico que visa cooperar com o paciente na sua reabilitação física e psicológica por meio de estratégias e mecanismos que o ajudem a superar as perdas e danos decorrentes de uma deficiência ou carência, favoreçam uma qualidade de vida melhor e otimizem o aproveitamento das funções corporais ainda preservadas total ou parcialmente (Domingues et al., 2013). Ao cuidar de um paciente em reabilitação, o psicólogo busca orientá-lo para “estratégias compensatórias, aquisição de novas habilidades e adaptação às perdas permanentes”, conscientizando-o acerca de suas capacidades remanescentes e limitações, o que o “leva a uma mudança na auto-observação e, possivelmente, uma aceitação de sua nova realidade” (Pontes; Hübner, 2008, p. 8).

O cuidar de um paciente gera intenso desgaste físico e emocional aos cuidadores e pode provocar uma sobrecarga para a prestação dos serviços devido à demanda de supervisão integral e atenção permanente. Os cuidados, geralmente personalizados, requerem acompanhamento ininterrupto (medicação, alimentação, higiene etc.) e atenção às atividades básicas de vida diária do paciente (Brasil, 2013). Mas os cuidados também se referem ao cuidador que deve resguardar sua própria saúde e a qualidade de vida (Brasil, 2008). Segundo recomendações de Brasil (2018, p. 11), cuidar-se para poder cuidar de forma a evitar “cansaço físico, depressão, abandono do trabalho, alterações na vida conjugal e familiar” e adoecer. Como o tratamento psicológico busca manter a qualidade do cuidado mais seguro, garantir um ambiente agradável e efetivar um trabalho de forma a reduzir os riscos para o paciente (Sousa; Mendes, 2019), é pertinente que as ações do psicólogo também se estendam aos familiares e cuidadores no intuito de preservar a qualidade de vida destes indivíduos, uma vez que eles irão acompanhá-lo e assisti-lo fora do ambiente de atendimento (Laham, 2004).

Assim, ao psicólogo cumpre concorrer com encontros para amparo e suporte familiar e ofertar apoio técnico (extensivo aos cuidadores) em suas necessidades próprias, muitas vezes, não atendidas diante do novo contexto (Blanc; Silveira; Pinto, 2016; Silva et al., 2023). Além do suporte emocional, é preciso que o psicólogo ofereça aos familiares espaços para reflexão e aconselhamento; solucione distanciamentos, esclareça dúvidas e dê orientações; fomente aproximações e ajustes, o que tende a propiciar um bom convívio com o paciente e potencializar a qualidade do cuidado (Scorsolini-Comin, 2014; Rosas; Nery, 2019). A frequência desses encontros é estabelecida de acordo com a demanda identificada (Brasil, 2010, 2015, 2017) ou da urgência das ações, caso em que a intervenção psicológica acolhe o indivíduo no momento em que ocorre o evento e o auxilia a lidar com seus recursos e limites (Doescher; Henriques, 2012).

Nesta perspectiva, o psicólogo dedicado à reabilitação trata de procedimentos clínico-psicoterápicos voltados às pessoas que manifestam reações emocionais disfuncionais ou catastróficas diante da ocorrência de lesão e da sequente instalação de uma deficiência (Domingues et al., 2013). Isto significa que o psicólogo intervém diante de um agravo ou de qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provenientes de circunstâncias nocivas como acidentes, intoxicações químicas, abuso de drogas, violências interpessoais como agressões, maus tratos e lesão autoprovocada (CFP, 2019).

Para executar suas ações, é mister que o psicólogo possua domínio sobre o funcionamento do cérebro, os mecanismos cerebrais presentes nos processos da cognição, personalidade, emoções, comportamentos, motivação e consequências decorrentes de uma lesão ou distúrbio (Alves, 2019). Também é válido afirmar que o psicólogo deve ser competente e habilidoso no uso de diferentes métodos e técnicas de avaliação que não se devem resumir aos testes cognitivos, mas que sua prática atenda aos preceitos das resoluções do Conselho Federal de Psicologia no que diz respeito à avaliação psicológica (Cruz, 2016; CFP, 2013, 2019).

Ao atuar na recuperação psíquica, a preocupação do psicólogo centra-se nas consequências dos danos psicológicos e neurológicos dos pacientes afetados e amputações. Para o psicólogo, a presença da doença física constitui fonte de tensão emocional que perturba o equilíbrio psíquico do sujeito. O comprometimento psicológico decorrente vai depender tanto da doença quanto do modo como o paciente encara sua realidade física e o valor afetivo a ela atribuído, sobrevindo um conjunto de respostas emocionais. Essa percepção mantém relações intrínsecas com as características da personalidade do paciente, dos atributos do meio social em que se insere e do modo como a deficiência ou a condição de enfermidade é percebida (Eickhoff; Schneider; Aozani, 2014).

As reabilitações física e psicológica se complementam em relação intrínseca: a melhora do estado psicológico facilita a recuperação física, da mesma forma como seu corolário é verdadeiro: a restauração das funções físicas proporciona satisfações efetivas, melhora o estado psíquico do paciente, reduz estados ansiosos e depressivos, tensão psíquica, reatividade emocional, medo e perda de controle emocional e comportamental, pessimismo, crenças negativas sobre si mesmo, perturbações do humor (ansiedade, agressividade, depressão), e eleva a autoestima, a confiança e o bem-estar psicológico (Nogueira, 2017). O trabalho do psicólogo, neste espectro, busca um estilo de vida compatível com as possibilidades do paciente, estimulando aptidões pessoais, novos interesses e atividades (artísticas, intelectuais, manuais) que amenizem as perdas de funções, deficiências, estados de tristeza, desesperança, raiva, medo, negação, ansiedade, depressão.

Na avaliação da condição clínica, é de extrema importância o trabalho de escuta pelo psicólogo, ouvindo as dores, angústias, ressentimentos e perdas do paciente, e ensejando a possibilidade de um trabalho de elaboração psíquica (Carvalho, 2021). É importante que o profissional facilite a palavra ao consulente e encoraje a oportunidade de criação de vínculos e simbolizar afetos. Na reabilitação, a ação do psicólogo envolve as várias dimensões do ser humano e não se restringe à recuperação simplista das funções perdidas ou alteradas. É importante frisar que reabilitar não significa curar nem fragmentar o indivíduo: o que se reabilita é a “pessoa, o ser humano na sua magnitude física, emocional e social” (Faro, 2006, p. 126).

Ao facilitar a escuta, o psicólogo entra em contato com as vivências do reabilitando e de seus familiares, acompanha-os e os ampara nas diferentes fases de adaptação a fim de favorecer a reelaboração destas vivências. O psicólogo direciona a busca à ressignificação da vida, aportando ao paciente o encontro de um (novo) sentido para a existência; estimula o tratamento (físico e psíquico) e auxilia a equipe multiprofissional na avaliação, acompanhamento, psicodiagnóstico e intervenção psicoterapêutica individual ou em grupo; permite-se identificar os aspectos afetivos, emocionais, cognitivos, de personalidade e de comportamento presentes (Neufeld; Cavenage, 2008; Alves, 2011; Oliveira; Silva; Santana, 2022).

É válido salientar que o trabalho em equipe multiprofissional emerge como uma modalidade de trabalho coletivo entre profissionais de diferentes áreas e envolve comunicação e cooperação (Peduzzi, 1998, 2001; Ávila; Costa, 2020). O trabalho multiprofissional desenha-se pela “relação recíproca entre as múltiplas intervenções técnicas e a interação dos agentes de diferentes áreas profissionais”; no bojo da relação entre trabalho e interação, os agentes podem “construir um projeto assistencial comum e pertinente para a atenção integral às necessidades de saúde dos usuários do serviço” (Otenio et al., 2008, p. 143).

É comum, porém, que a o trabalho multiprofissional apresente alguma fragmentação do cuidado por uma prática justaposta de profissionais com saberes especializados de cada profissional (Araújo et al., 2017). Por isso, projeta-se a interprofissionalidade como um trabalho em equipe de saúde marcado pela reflexão sobre os papéis profissionais, a solução de problemas e a negociação dialógica nos processos decisórios, respeitando as singularidades e diferenças dos diversos núcleos de saberes e práticas. A interprofissionalidade extrapola o trabalho da equipe multiprofissional, reduz custos, melhora a produção de um cuidado mais seguro aos usuários e possibilita aos profissionais de saúde habilidades necessárias para um trabalho efetivamente conjunto e colaborativo de forma a garantir uma atenção de alta qualidade aos pacientes (Reeves, 2016; Araújo et al., 2017).

A perspectiva interprofissional distingue-se, pois, da visão multiprofissional. Barros, Spadacio e Costa (2018) pontuam que o trabalho multiprofissional se relaciona com o trabalho em equipes formadas por diferentes profissionais, sem a necessária interação entre seus membros que, por vezes, apenas dividem o mesmo espaço, com pouco ou nenhum entrosamento. Já o trabalho interprofissional compartilha objetivos comuns, desenvolve identidade de equipe e, ao buscar o cuidado integral, leva em consideração o caráter complexo e dinâmico das necessidades de saúde de indivíduos e de coletivos considerados como coprodutores dos atos em saúde.

Ceccim (2018) reforça que a interprofissionalidade constitui um trabalho realizado entre duas ou mais profissões que praticam saberes comuns, convergentes, partilhando competências profissionais. Quanto mais isoladamente se trabalha, mais se necessita dos saberes dos outros e maior é o risco de erro ou de prática insegura. A interprofissionalidade consagra a “segurança do paciente” pela prática colaborativa que favorece a integração e não segmentação das ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde, e articula ações interdisciplinares e intersetoriais focadas nos usuários, as quais asseguram melhores condições e qualidade das interações no cotidiano da atenção à saúde (Agreli; Peduzzi; Silva, 2016).
Entre os programas de reabilitação na área de Psicologia, uma das indicações mais efetivas para pacientes dos Centros de Reabilitação tem sido a psicoterapia, individual ou em grupo, sugerida quando os profissionais da equipe identificam algum tipo de demanda emocional decorrente da instalação de uma deficiência física ou motora, adoecimento (Brasil, 2017) ou transtornos mentais envolvidos com a incapacidade ou dificuldade de controlar e regular emoções negativas, como o medo (Porto et al., 2008). Qualquer tratamento psicoterápico requer um esforço mútuo entre dois agentes: o psicólogo, que fornece os conhecimentos e aponta os caminhos, e o paciente, que os aplica para mudanças em sua vida. A psicoterapia é trabalhada em etapas que avançam em função da interação entre os agentes envolvidos.
Na atualidade, a psicoterapia, como atividade da área clínica, compreende um processo clínico composto de etapas pensadas e estruturadas a partir de determinado referencial teórico, cujas técnicas atuam sobre a esfera psíquica e produzem mudança no comportamento do indivíduo (Rosal, 2017). A psicoterapia pode ser trabalhada em suas vertentes mais comuns: psicodrama, terapia cognitivo-comportamental (TCC), psicodinâmica e psicanálise, terapia junguiana ou psicologia analítica, psicoterapia humanista, terapia comportamental, gestalt-terapia, psicologia positiva, dentre outras (Machado, 2016; Rosal, 2017; Ferreira et al., 2019; Junguiana, 2019).

Amorim-Gaudêncio (2022) destacam a terapia cognitivo comportamental como abordagem da psicologia que investiga a relação entre pensamentos, emoções e comportamentos, tendo como principais funções a serem avaliadas a atenção, memória, sensopercepção, consciência, orientação, pensamento, linguagem, inteligência, conduta e afetividade. A TCC é considerada entre as mais importantes abordagens psicoterápicas: busca compreender a função e a estrutura dos aspectos cognitivos, isto é, atribuir significados às experiências da pessoa e orienta-se para a solução de problemas mediados, de forma colaborativa, entre paciente e terapeuta para promover mudanças emocionais e comportamentais duradouras (Neufeld; Cavenage, 2008; Oliveira et al., 2019). A terapia cognitiva busca extinguir transtornos mentais condicionados e a regulação cognitiva de emoções (Porto et al., 2008).

Em lesões cerebrais ou distúrbios neurológicos e neuropsiquiátricos, a reabilitação neuropsicológica é um dos componentes do tratamento, cujos procedimentos podem beneficiar os pacientes porque a abordagem comportamental dispõe de ferramentas valiosas para modificar o comportamento (Pontes; Hübner, 2008; CFP, 2023). No entanto, é importante que o paciente apresente um mínimo de disponibilidade psíquica para o processo e de possibilidade cognitiva de abstração de pensamento (Fonseca; Marteleto, 2021). Ademais, “quanto mais a equipe de reabilitação buscar a independência física e psíquica do paciente, evitando atitudes paternalistas e infantilizantes, mais será facilitada a visão dos caminhos que conduzem à inclusão social e, consequentemente, à sua alta de um programa de tratamento” (Borgneth, 2004, p. 56). Todavia, faz-se mister integrar diferentes campos do conhecimento e práticas, como psicoterapia, psicologia cognitiva, linguística, psiquiatria, geriatria, neuroplasticidade e outros. A abordagem comportamental, aplicada de forma correta, é altamente benéfica, benevolente e humana, assim como deve ser qualquer outra abordagem empregada (Pontes; Hübner, 2008).

Para pacientes em reabilitação, Mendes (2015) sugere a terapia focada nas emoções, crucial para a solução rápida de problemas, a comunicação interpessoal e a sobrevivência. Trata-se de modelo de psicoterapia neo-humanista e experiencial. Lara e Monteiro (2014) apontam outras estratégias de reabilitação, como: treinamento de habilidades sociais, reabilitação vocacional, prevenção de recaída e intervenções familiares para reconhecimento e enfrentamento das emoções, funcionamento social e laboral e busca por maior autonomia. Cases e González (2010) acrescentam o domínio e controle da ansiedade, reabilitação cognitiva, psicoeducação de famílias para manejo de processos comunicacionais, programas de autocuidado, inserção em atividades de lazer, laborais e de integração comunitária.

Não se pode olvidar, porém, o concurso da farmacoterapia como partícipe dos programas de reabilitação da saúde mental, embora seus efeitos no funcionamento social, nas vulnerabilidades e na qualidade de vida da pessoa tenham sido reportados como menores, além de registrar altas taxas de abandono ou de não aderência ao tratamento farmacológico (Souza, 2022).

O importante, enfim, conforme Waisberg et al. (2008, p. 54) postulam, é que o profissional da Psicologia, por meio de qualquer estratégia ou recursos que venha a aplicar, se dedique a “promover condições favoráveis à reabilitação comportamental do paciente, enfatizar a melhora na relação profissional-paciente [...], favorecer a adesão ao tratamento e prescrições médicas, prepará-lo para intervenções invasivas e aversivas”, isto é, para tratamentos cirúrgicos e eventual hospitalização.

Na terapia individual, o paciente é o foco principal, e o tratamento psicológico se dá por meio de sessões individuais semanais (cerca de 50 minutos). O psicólogo planeja a psicoterapia estabelecendo metas projetadas a partir de entrevista inicial com o paciente, discutidas logo após a aplicação de questionários de avaliação do grau de ansiedade, depressão, qualidade de vida, motivação, satisfação, podendo ser reaplicados durante o processo (Ely; Nunes; Carvalho, 2014; Brasil, 2019; Sousa, 2021). Na psicoterapia individual, o terapeuta se reserva estabelecer um vínculo profissional com o paciente, mediado por intervenções verbais ou não-verbais com o propósito de buscar alívio para o sofrimento mental, modificar um comportamento desajustado e encorajar o desenvolvimento e amadurecimento da personalidade.

Quando a terapia ocorre em grupo, dela participam pessoas, geralmente, com problema semelhante. Costa, Silva e Silveira (2018, p. 59) caracterizam grupo, na terapia, como um conjunto de pessoas com necessidades semelhantes que buscam, a priori, o cumprimento de uma tarefa específica. Os participantes deixam de ser um “amontoado de pessoas, e cada um assume seu papel enquanto participante do grupo, com um objetivo mútuo”, cada qual mantendo sua identidade. A intervenção psicológica em grupo busca descobrir a “raiz da dor psíquica que afeta o indivíduo, para que esta seja tratada e compreendidos os sofrimentos” do existir e sugerir cuidados, tratamento e superação do problema. Composta de pequenos grupos humanos, a terapia em grupo faz aflorar o autorreconhecimento e as singularidades de seres distintos com suas identidades psicológicas próprias, mantém ações interativas e compartilha objetivos comuns.

A terapia em grupo visa dar mais acolhimento ao paciente para que ele se fortaleça, construa laços sociais, supere dificuldades, conquiste mais qualidade de vida e busque ressignificar a própria vida por meio de atividades diversas e trocas colaborativas coletivas (Bechelli; Santos, 2005; Costa; Silva; Silveira, 2018; Rós; Ferreira; Garcia, 2020). Em essência, a terapia de grupo busca intervir em pensamentos e comportamentos disfuncionais: nela, os participantes interagem entre si mediados pelo psicólogo. Pode ser uma meio para “atender um maior número de pacientes em reduzido número de sessões, apresentando uma melhor relação custo/benefício” (Lobo et al., 2012, p. 117).
Na psicoterapia grupal, assiste-se à interação entre terapeuta e pacientes e entre os próprios pacientes para a obtenção das mudanças individuais. Isto significa que o terapeuta se coloca lado a lado e no meio dos pacientes como um membro do grupo. Para tanto, precisa ter a experiência de um analista, presença de espírito e coragem de pôr em jogo sua própria personalidade a preencher o âmbito terapêutico com afeição, calor, empatia e expansão emotiva quando lhe for requerido (Bechelli; Santos, 2005).

O terapeuta deve ser habilidoso em explorar as implicações interacionais de comportamento individual no grupo, o que confere à psicoterapia de grupo um potencial terapêutico singular (Bechelli; Santos, 2005). Rós, Ferreira e Garcia (2020) orientam que a terapia grupal pode ser de forma curta, focada em um tema específico devido ao limite de tempo; procura analisar e identificar o progresso possível com os participantes em curto período de tempo. O grupo é formado por participantes que compartilham dos mesmos objetivos e questionamentos (sobre si e sobre outros); com isso, promove uma contínua aprendizagem para todos os elementos do grupo.
No processo de reabilitação, o psicólogo atua para avaliar, acompanhar, realizar psicodiagnóstico e tratamento psicoterapêutico, com vistas a identificar aspectos das funções cognitivas e afetivo-emocionais, da personalidade, do comportamento e ativá-los em favor do paciente. A partir desta avaliação, procede, juntamente com os demais profissionais da equipe, a um trabalho para reconhecer as relações entre funcionamento psíquico do sujeito e possíveis alterações geradas por alguma patologia (Castan; Junges; Cunegatto, 2015; Mäder, 2019).

Ao psicólogo cabe elaborar intervenções para a modalidade de atendimento psicoterapêutico, individual ou grupal, dependendo das técnicas a serem aplicadas para tomada de consciência do paciente e possíveis mudanças de comportamento (Silva; Corgozinho, 2011; Costa; Silva; Silveira, 2018; CFP, 2019). Na abordagem da terapia cognitivo-comportamental, e. g., os atendimentos focam a reabilitação biopsicossocial, em trabalho voltado para o indivíduo considerado em sua totalidade, suas capacidades e habilidades físicas e cognitivas, prospectando o desenvolvimento de possíveis mudanças de comportamento para uma vivência menos sofrida (Santos; Campello; Castello Branco, 2016).

O trabalho do psicólogo engloba todas as dimensões do ser humano, não se volta apenas à recuperação das funções perdidas ou alteradas e reforça as já existentes: “reabilita-se a pessoa, o ser humano na sua magnitude física, emocional e social” (Faro, 2006, p.129). O processo de reabilitação pode ser longo, demorado, porque envolve componentes atitudinais, psicossociais, espirituais, econômicos, políticos e reinserção social (Lima, 2014; Sanches; Dalla Vecchia, 2018; CFP, 2019).

Ao avaliar a estrutura emocional de um paciente para se submeter a um processo de reabilitação, preconiza-se que o psicólogo observe as possibilidades individuais para adesão, a dinâmica psíquica e suas expectativas sobre o tratamento (Alves, 2011; CFP, 2019). Essa observação o auxilia na elaboração de estratégias, na condução das orientações a serem ofertadas e nas expectativas do paciente e sua família para não comprometer a reabilitação pela não adesão, descrença ou indiferença quanto às possibilidades de evolução satisfatória no quadro clínico. Também cabe ao psicólogo auxiliar no processo de reabilitação e reinserção social por meio de devolutiva dos recursos emocionais observados que funcionam como um “espelho” para o paciente identificar suas reais capacidades e adquirir autoconfiança para enfrentar sua condição atual. Na possibilidade de alta, o psicólogo pode sugerir ao paciente o acompanhamento psicológico clínico fora do hospital (CFP, 2019).

Às pessoas em sofrimento psíquico grave, como em transtornos psicóticos, a reabilitação psicossocial se apoia na aplicação de estratégia cujo propósito é “proporcionar melhor qualidade de vida possível a sujeitos com vida relacional, laboral e psíquica substancialmente prejudicada, sendo os profissionais mediadores no processo de recuperação da cidadania jurídica, ocupacional, econômica e política” e pessoal (Lara; Monteiro, 2014, p. 50). Nestes casos, a reabilitação inclui conquistas na autonomia, na socialização, na recuperação e desenvolvimento de habilidades, aptidões e potencialidades por meio de programas bem estruturados e de qualidade, com ações intersetoriais e suporte comunitário e familiar. Tais conquistas têm, na figura do psicólogo, o agente mediador crucial para a recuperação integral, com foco nos níveis terapêutico e preventivo, além de contribuir para humanização do tratamento em hospitais e centros de reabilitação.

Neste espectro, o psicólogo desempenha um papel de extrema relevância ao promover melhor qualidade de vida e minimizar o impacto das limitações do paciente, efetuar um acompanhamento psicológico individualizado que o auxilie a tomar consciência da suas dificuldades e encontrar meios de conseguir superá-las, melhorando o estado psicológico e facilitando a recuperação física (Domingues et al., 2013; Eickhoff; Schneider; Aozani, 2014; Ribeiro, 2018). O psicólogo pode apontar ao paciente caminhos e possibilidades de viver de forma adaptada, reconstruir a imagem corporal, retomar o percurso de sua existência, realizar escolhas oportunas diante da severidade das limitações, ressignificar a vida, preservar a autoestima como fator protetivo da saúde mental (Pinheiro et al., 2023) e atuar junto ao paciente, segundo Doescher e Henriques (2012), na perspectiva de buscar sentido para a existência pela compreensão de seu sofrimento, sem contudo, garantir-lhe alívio ou vivência de uma experiência de prazer imediato.

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