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Domingo, 26 de Marco de 2023

Recrutado em jogos online, jovem é preso por apologia ao nazismo

18/03/2023 as 10:35 | Brasil | G1
Um homem de 19 anos, recrutado por neonazistas quando tinha 13 anos através de jogos online, foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (17) em Porto Belo, no Litoral Norte catarinense, segundo o delegado Arthur Lopes.

Ele é suspeito, conforme a polícia, de espalhar ódio contra negros e judeus nas redes sociais, onde também fazia apologia ao nazismo. Além disso, o jovem responde pelo crime de stalking, ou perseguição, contra uma adolescente no Paraná.

Conforme a Polícia Civil, a todo momento o suspeito procurava, consumia e divulgava conteúdo de ódio e tinha interesse em ataques terroristas.

Ainda segundo a investigação, ele já tinha sido alvo de mandado de busca e apreensão em agosto do ano passado, quando foram apreendidos na casa dele equipamentos eletrônicos portáteis.

Com o fim das investigações, a polícia entregou o inquérito à 40ª Promotoria de Justiça de Florianópolis, criada especialmente para identificar grupos que apoiam o movimento nazista.

Recrutamento online
O delegado responsável pelo caso, Arthur Lopes, afirmou que o suspeito foi recrutado por neonazistas através de um videogame quando tinha 13 anos. Isso porque os jogos online permitem que os jogadores se comuniquem através de chats.

Segundo o delegado, só meninos são alvo dos neonazistas. Durante os jogos, os recrutadores faziam nos chats piadas racistas, antissemitas, misóginas, homofóbicas.

Dessa forma, os jogadores recrutados são estimulados a elevar a crueldade nos comentários. Assim, cria-se a cultura que, dentro do grupo, são normais comentários de racismo, antissemitismo, misoginia e homofobia.

Mais tarde, os recrutados são convidados a fazerem parte de um jogo de "brincar de ser nazista", em que os jogadores publicam mensagens de ódio contra minorias nas redes sociais. Quanto mais violento e nojento for o comentário, mais quem o fez é valorizado pelos neonazistas.

Conforme o delegado, não é raro encontrar nos computadores dos recrutados imagens de zoofilia e pedofilia. Também não é raro que os recrutadores sejam pedófilos.


Histórico
O suspeito preso nesta sexta já tinha um histórico criminal de violência na escola, de acordo com o delegado, quando era adolescente. Ele também publicava mensagens racistas e antissemitas há anos.

Ele chegou a agredir uma professora com um soco na boca em sala de aula e não aceitava ser ensinado por um professor negro.
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