Estado estuda campanha em escolas para alertar contra feminicídio
14/06/2019 as 11:00 | Estado de São Paulo | Da Redaçao
Até abril deste ano, pelo menos 54 mulheres morreram no estado de São Paulo apenas pelo fato de serem mulheres. Nos primeiros quatro meses de 2019, o estado teve um aumento de 54% nos casos de feminicídio. No mesmo período do ano passado, foram 35 mortes.
70% dos casos de feminicídio são praticados por pessoas do convívio da vítima, na maioria das vezes, dentro de casa.
Diante da aumento dos casos, o governo de São Paulo lançou nesta quinta-feira (13) uma campanha publicitária de conscientização do feminicídio e combate à violência doméstica. A campanha será vinculada em canais abertos de rádios e TVs.
O governo ainda estuda a expansão de uma campanha física nas escolas públicas do estado, envolvendo a conscientização de alunos, pais e professores.
Para a delegada geral adjunta de polícia Elisabete Sato mais que denunciar, é necessário promover uma mudança de postura na sociedade.
“Nós vivemos num país extremamente machista, temos que considerar isso. Então se fala por aí que é bacana o homem agredir a mulher. Na minha concepção de policial, há a necessidade de uma mudança de postura. Nós temos que conscientizar esses homens que a mulher não está aí para apanhar”, declarou a delegada.
O estado possui hoje 133 Delegacias da Mulher, o governador João Doria prometeu entregar mais sete até o final da gestão.
Segundo o governador, o baixo número de policiais civis ainda é o que impede a entrega de mais delegacias da mulher neste momento. Um novo concurso para contratar mais profissionais de polícia mulheres já foi aberto.