Quinta, 25 de Abril de 2024

A Flor do Meu Bairro

05/06/2017 as 14:48 | Fernandópolis | Jesiel Macedo
É título, também, de uma nostálgica música cantada por Nelson Gonçalves, com letra de Adelino Moreira, um dos grandes compositores do Brasil, imbatível nas músicas românticas dos anos 40 a 60. A nossa geração quase não o conhece, e muito menos sabe seu valor.

Talvez o fantástico Nelson não seria o que foi, e ainda o é em nossas lembranças, não fosse a inspiração de Adelino em “Negue”, “A Volta do Boêmio”, “Escultura” e tantos outros sucessos.

São músicas românticas sem serem bregas, e que até hoje despertam emoções em muitos, inclusive naqueles que não as conheciam e que, ao ouvi-las, passam a “curti-las”, como já presenciei em ocasiões “musicadas”, com amigos e familiares.

Ainda moleque, passei a conhecê-las melhor através de meu pai e, em especial, de um tio, Vítório,e da sua tradicional vitrolinha “Sonata”.Fã ardoroso de Nelson, possuía também discos( até de 45 rotações) de Chico Alves, Carlos Galhardo etc. Havia também, à epoca, os “novatos”: - Roberto Carlos, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Carlos José, The Fevers etc., etc., que hoje são apresentados com uma justificativa tipo - “Jovem também tem saudade...”.

Como todo adolescente normal, tive minhas paixões, a maioria platônicas ou não correspondidas e, de igual forma, e para cada uma delas, uma música identificava o êxtase ou a “fossa” do momento. Não sei porque - creio que pela “musa”daquele momento morar perto - uma dessas músicas ficou marcada: -“A Flor do Meu Bairro”.

Diferentemente dessa música que ao final dizia - “e eu que era, seu primeiro namorado, de tão triste apaixonado, nunca mais me enamorei... ”,me enamorei, casei, etc., mas a “Flor do Meu Bairro” ficou como uma doce lembrança - música, musa e sensações.

Entretanto, hoje, mais do que sempre, é chegado o momento de nos lembrarmos de algumas coisas e das “flores de nosso bairro”: - onde estão? será que existem? não serão insuficientes? “que-qui-é” que estamos fazendo para aumentá-las, cultivá-las, preservá-las?

Nota-se, com tristeza, que “para não dar trabalho”, “para não fazer sujeira”, “por falta de tempo”, e de outras desculpas, as flores de nossos bairros estão minguando; alguns espertinhos inconsequentes até dão uma “mãozinha”, cortando ou envenenando árvores para que elas morram, torturadamente, aos poucos...

Fernandópolis é uma cidade, como a maioria do País, com um baixo índice de vegetação. Só que, aquela famosa e já batida justificativa de que é “culpa da Prefeitura”, aqui já não pega mais: - Uma das primeiras ações do Prefeito André foi lançar a campanha “DISQUE ÁRVORE”. Por ela, basta ligar 3463-9014, e a Secretaria do Meio-Ambiente - Sec. Angelo,vai ao local, indica a espécie, leva, prepara a calçada, planta e orienta o morador como cuidar, sem qualquer custo! São inúmeras as espécies oferecidas peloViveiro Municipal. Façamos agora, então, pelo menos uma “partezinha” da responsabilidade que nos cabe: - Apenas um telefonema, que nos ligará ao futuro preservado!

Hoje, mais do que nunca, o Progresso e a perpetuação de nosso “Berço Vital” está na priorização da Ecologia – como Equilíbrio da Vida. Desenvolvimento, portanto, estáno resgate, ampliação e a proteção do “Verde” - a Vida Vegetal”, que dá sustentação e saúde à “Vida do Hominal”.

Estamos nos conscientizando e percebendo que, tal como os vegetais e animais, somos filhos da mesma Mãe-Terra que, graciosamente, e depois de milhões de anos, teceu divinamente o Ninho-Natureza que nos acolhe e dá sustentação às nossas vidas, nos cobrando apenas respeito e zelo.

Está, portanto, na hora de não apenas cantarmos e louvarmos “as flores de nosso bairro”, mas de “plantarmos o futuro sustentável” das gerações que nos sucederão.

Jesiel Bruzadelli Macedo
MAIS LIDAS
É vedada a transcrição de qualquer material parcial ou integral sem autorização prévia da direção
Entre em contato com a gente: (17) 99715-7260 | sugestões de reportagem e departamento comercial: regiaonoroeste@hotmail.com