Quarta, 24 de Abril de 2024

Esquema de R$ 30 mi condena traficantes a até 40 anos de prisão

06/03/2017 as 07:51 | Fernandópolis | EthosOnline
O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve as condenação dos 23 integrantes presos durante a Operação Colheita (foto)por tráfico de drogas As penas variam entre 10 anos e 40 anos de reclusão, em regime fechado. O acórdão foi assinado no mês de fevereiro deste ano.

O esquema agia na região de Fernandópolis para o fim de praticar, reiteradamente ou não, crimes de tráfico de drogas. Consta, ainda, que participava de uma Organização Criminosa responsável pela exploração de atividades de tráfico ilícito de entorpecentes que utilizava a região de Fernandópolis como entreposto para o comércio da droga. A estrutura da Organização Criminosa se dividia em três grandes núcleos com atribuições distintas, sendo os responsáveis pelo Núcleo Revendedor os apelantes, pelo Núcleo Transportador, os e pelo Núcleo Fornecedor. Pela ação coordenada destes núcleos, grandes quantidades de cocaína eram adquiridas em regiões fronteiriças e transportadas para o estado de São Paulo, geralmente para a Capital Paulista, onde eram revendidas diretamente a consumidores finais ou repassadas a outras Organizações Criminosas.

Todas foram condenadas pelo artigo artigo 33, da 11363/2006, Considerado hediondo, o artigo enquadra crimes como Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente.

Todos foram presos pela Polícia Federal no dia 30 de 2011 na "Operação Colheita", que investiga uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas com ramificações em pelo menos quatro estados. Ao todo, 14 pessoas foram presas, sete na região de Rio Preto. Muitos advogados ingressaram com Habeas Corpus rogando a soltura pelo atraso do julgamento e publicação da sentença.

Na região de Jales, interior de São Paulo, os homens foram detidos em Votuporanga, Guarani D`Oeste, Populina e Fernandópolis. Com um deles foram apreendidos uma moto e um carro de luxo. Todos os presos são suspeitos de tráfico. A droga vinha do Mato Grosso e no estado de São Paulo era distribuída para todo o país
Cerca de 150 policiais federais cumpriram 24 mandados de prisão ao longo desse período e executaram a operação nas cidades paulistas de Fernandópolis, Guarani d´Oeste, Ouroeste, Populina, Estrela d´Oeste, Mira Estrela, Votuporanga, Bauru e na capital. No Mato Grosso do Sul houve mandados para os municípios de Batayporã, Deodápolis, Vicentina e Ponta Porã. Os policiais também estiveram nas cidades de Cáceres e Cuiabá, no Mato Grosso, e na mineira, Iturama.

Os suspeitos foram indiciados por tráfico de drogas e associação ao tráfico – quando duas ou mais pessoas se unem para explorar o tráfico. Os presos prestarão depoimento nas delegacias federais mais próximas de onde ocorreram as prisões.

A Policia Federal de Jales, no interior de São Paulo, passou a investigar a atuação do bando em agosto, quando 298 quilos de cocaína foram apreendidos em quatro cidades distintas do interior paulista em diferentes datas. A investigação descobriu que a quadrilha tem nos outros estados integrantes responsáveis por distribuir a droga. Os mandados de prisão e busca foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Estadual de Fernandópolis.

Segundo nota oficial da Polícia Federal, dois homens de Guarani d´Oeste eram responsáveis em preparar pistas de pousos em plantações de cana-de-açúcar para pequenas aeronaves que traziam a cocaína do interior do Mato Grosso até a região de Fernandópolis.

Após o descarregamento da droga na região, ela era enterrada ou deixada em ranchos próximos ao município de Mira Estrela. Posteriormente, ela era transportada até a região central do Estado (São Paulo e Sorocaba). A investigação também demonstrou que parte da droga recebida era distribuída na cidade de Fernandópolis.

Após a apreensão de 66 quilos de cocaína pela PF em agosto 2011, grupo mudou a estratégia e os carregamentos passaram a ser entregues em uma propriedade localizada em um assentamento rural do município de Batayporã (MS). De lá, o grupo transportava a droga até a capital paulista.

Para o transporte da droga até São Paulo, carros de luxo com porta-malas espaçosos eram utilizados. Fundos falsos eram montados na parte traseira do veículo e eram equipados com dispositivos eletrônicos que só eram acionados com combinação de ações que somente os transportadores conheciam.

Em outubro, após a identificação de dois veículos que saíram da região de Fernandópolis com destino a Batayporã (MS) a Polícia Federal conseguiu apreender 156 quilos de cocaína que já estavam dissimuladas nos fundos falsos de dois veículos e no paiol de uma propriedade rural de Batayporã (MS). Quatro pessoas foram presas, inclusive o dono da propriedade que é ex-policial militar do Mato Grosso do Sul.

Segundo estimativas da Polícia Federal de Jales, o grupo atuava na região há pelo menos um ano e pode ter transportado mais de 5 toneladas de cocaína nesse período. Essa quantidade de droga, negociada em São Paulo, pode chegar ao valor de R$ 30 milhões. Os nomes não foram revelados porque estão sob segredo de justiça.

Na denúncia, o Ministério Público de Fernandópolis afirmou que a região de Fernandópolis era utilizada como entreposto onde a droga era vinda dos Estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, trazida e armazenada e levada a São Paulo e outros centros maiores.Muitos menores eram utilizados na operação.

A Policia Federal passou a investigar a atuação do bando em agosto de 2011, quando 298 quilos de cocaína foram apreendidos em quatro cidades distintas do interior paulista em diferentes datas. A investigação descobriu que a quadrilha mantinha em outros estados integrantes responsáveis por distribuir a droga. Os mandados de prisão e busca foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Estadual de Fernandópolis, em São Paulo.

Após o descarregamento da droga na região, ela era enterrada ou deixada em ranchos próximos ao município de Mira Estrela. Posteriormente, ela era transportada até a região central do Estado (São Paulo e Sorocaba). A investigação também demonstrou que parte da droga recebida era distribuída na cidade de Fernandópolis.

Segundo estimativas da Polícia Federal de Jales, o grupo atuava na região há pelo menos um ano e pode ter transportado mais de 5 toneladas de cocaína nesse período. Essa quantidade de droga, negociada em São Paulo, pode chegar ao valor de R$ 30 milhões.
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