Quinta, 25 de Abril de 2024

APM pede auditoria independente na Santa Casa de Fernandópolis

23/01/2017 as 07:51 | Fernandópolis | Da Redaçao
O RN obteve acesso a um documento da APM-Associação Paulista de Medicina Regional de Fernandópolis, que solicita auditoria independente na Santa Casa de Misericórdia.

A nota, assinada pelo presidente da APM, Dr. Márcio Cesar Reino Gaggini, ainda pede que a auditoria seja realizada em todos os níveis e setores do hospital, além da contratação de um administrador hospitalar, com experiência e sem vínculos com a provedoria, conselhos e médicos da instituição.

Em uma coletiva realizada na manhã da última sexta-feira, dia 20, a provedoria do hospital relatou a atual situação financeira e a dívida que ultrapassa R$ 28 milhões.

A explanação das receitas e despesas ficou por conta de Hélio Maldonado que afirmou a existência de um déficit mensal de aproximadamente R$ 600 mil reais mês. Mas o que mais chamou a atenção foi à decisão de revisão de todos os contratos com médicos, empresas e fornecedores, principalmente com os “sócios” da entidade.

A nova provedoria comandada por Edilberto Sartin deve colocar a público possíveis erros do passado e que até hoje oneram os cofres da entidade. Podem existir casos em que os “sócios” levam 50% do faturamento bruto do serviço, deixando as despesas para a Santa Casa pagar.

A verdadeira “caixa preta” começa a ser aberta com a exposição das informações, até então mantidas em sigilo sobre as contas da entidade, principalmente aquelas que geraram uma dívida exorbitante que foi deixada pelos ex-provedores.

A provedoria acredita que a solução para a Santa Casa é entrega-la a uma O.S.S. (Organização Social de Saúde). A possibilidade foi colocada em pauta durante a coletiva com a imprensa até que houve o surgimento da possível entrada da Fundação São Francisco, comandada pelo Frei de Jaci, que administra diversos Hospitais no país e no exterior.

Maldonado também citou a falta de investimento das prefeituras da região para manter o Pronto Socorro funcionando. Somente R$ 28 mil reais mensais entram na conta da entidade e o repasse de R$ 180 mil mensais da Prefeitura de Fernandópolis, que deixaram de serem repassado após a inauguração do UPA, dificulta ainda mais a manutenção do PS.
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