Sexta, 19 de Abril de 2024

Prefeito eleito em Populina é cassado pela Justiça Eleitoral

28/11/2016 as 13:29 | Populina | Da Redaçao
A juíza da Vara Única de Estrela D’Oeste, Marina Miranda Beloti, que é também a juíza eleitoral daquela Comarca, tem se mostrado uma das mais rigorosas da região. No início do mês, ela cassou o diploma da prefeita reeleita de Turmalina, Fernanda Menezes Andrea, e de seu vice, por compra de votos, aplicando-lhes, ainda, uma multa de R$ 53 mil.
Na semana passada, foi a vez do prefeito eleito de Populina, Adauto Pinto(PPS), e de seu vice, João César Robles Brandini(PMDB), sofrerem a mesma condenação e pelo mesmo motivo, qual seja, “captação ilícita de sufrágios”, ou, em linguagem mais acessível, “compra de votos”. Adauto Pinto, para quem não sabe, é o conhecidíssimo locutor de rodeios Adauto Severo.
A sentença é do dia 24 de novembro. Nela, a juíza julga parcialmente procedente a ação proposta pela coligação da candidata Sueli Nogueira Amaral(DEM), adversária de Adauto, e condena o prefeito e o vice eleito ao pagamento de multa (R$ 53 mil), além de cassar-lhes os respectivos diplomas eleitorais.
Nas eleições de outubro, Adauto Severo saiu-se vencedor com 1.740 votos – ou 52,94% dos votos válidos – enquanto sua concorrente obteve 1.547 votos, correspondente a 47,06% dos válidos. A diferença favorável a Adauto foi de 193 votos, mas pelo menos dois votos estão sob suspeição e poderão complicar a vida do prefeito eleito.
São duas as acusações. Uma delas diz que o candidato a vice – que é advogado – teria prestado assistência jurídica a um eleitor em um caso de pensão alimentícia, em troca do voto. E outra acusação diz que um eleitor teria sido presenteado com uma bateria nova para seu velho Corcel, também em troca de apoio aos candidatos Adauto e João César.
Além de condenar os dois eleitos – e disso, evidentemente, cabe recurso às instâncias superiores – a juíza requisitou a instauração de um inquérito policial para investigar se quatro testemunhas do caso não teriam cometido o crime de falso testemunho.
A encrenca poderá respingar até no Cartório de Registro Civil da Comarca de Ouroeste, onde as testemunhas teriam registrado uma “declaração espontânea”. A magistrada de Estrela encaminhou cópia dos depoimentos ao juiz corregedor do Cartório, uma vez que uma das testemunhas confessou que a “declaração” assinada por ele não teria sido tão espontânea assim.

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