Terça, 23 de Abril de 2024

Teatro Municipal recebe a peça Dom Casmurro na quarta-feira

09/08/2016 as 07:50 | | Da Redaçao
A Companhia de Teatro Mênades e Sátiros traz para Fernandópolis o espetáculo “Dom Casmurro”, baseado na obra de Machado de Assis. A peça vai atender a estudantes do município, com sessão às 10h de quarta-feira, 10 de agosto, no Teatro Municipal "Merciol Viscardi".

Convites na hora do espetáculo serão comercializados a R$10 e, caso haja grande procura, poderá ser aberta uma nova sessão no período da tarde.

Num jogo de razão e emoção, o espetáculo instiga o espectador à discussão, questionamento, reflexão, análise e crítica, aproximando-o da literatura e da linguagem teatral. Bento Santiago (Dom Casmurro), advogado abastado, viúvo solitário e cinquentão circunspecto, único sobrevivente de uma história de amor com final amargo. Julga-se traído pela esposa (Capitu) com o melhor amigo (Escobar), razão pela qual é um homem emocionalmente mutilado. Após vários anos da morte da esposa e do amigo, suposto amante, decide escrever a sua história, para restaurar no presente o equilíbrio perdido no passado.

Sinopse

Na adaptação da obra de Machado de Assis, o personagem revive a história de “Dom Casmurro”, exorcizando os fantasmas da memória e provando definitivamente perante si que não errou em abandonar a mulher e negar a paternidade ao filho Ezequiel.

A história de Bentinho é contada por meio de um monólogo. A obra clássica de Machado de Assis ganha corpo na interpretação do ator Thiago Cardoso e durante 50 minutos, faz uma imersão e arrisca dar voz ao personagem que não diz tudo, mas diz muito. Casmurro recebe o público que o aguarda para ouvir as histórias tiradas do seu Baú de Memórias. É diante deles que mais uma vez irá narrar a mais intensa história de amor que viveu. É neste encontro com o passado que Dom Casmurro, assim apelidado pelo seu modo introspectivo de ser, tentará mais uma vez recompor seu passado, viver seu presente e construir seu futuro. Mas as lacunas deixadas não podem ser fechadas. E o encontro com os fantasmas no palco o arrasta para o abismo.

Bentinho descortina a infância e a paixão pela jovem Capitu, a promessa da mãe e a adolescência, o encontro e a amizade de Escobar. Após a saída do seminário, o reencontro com a mulher amada, Capitu e seus olhos de ressaca, de cigana obliqua e dissimulada. Casam-se com a promessa de serem felizes para sempre, até começarem as visitas do amigo Escobar na casa de Bentinho sem que ele estivesse em casa.

Além dos ciúmes que Bento sente de Capitu com Escobar, há também o desejo de um filho, que nunca chega. E durante o velório de Escobar, morto por afogamento, Bento observa Capitu que olha fixamente para o defunto. Neste momento ele tem a certeza da traição da esposa. Nasce o filho Ezequiel, e na sua tormenta, Bento enxerga o defunto crescendo dentro da própria casa. Aos olhos do protagonista, o filho é o retrato fiel de Escobar.

A peça, adaptada da obra literária de Machado de Assis procura garantir na dramaturgia a experiência vivida pelo leitor, agora espectador da obra teatral em relação ao julgamento de Capitu. Ela traiu ou não Bento Santiago?
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