Remadora americana pede fim de reclamações contra Olimpíada

Os constantes questionamentos acerca das Olimpíadas do Rio de Janeiro, a 11 dias do início das competições, incomodaram a remadora americana Megan Kalmoe. Nesta segunda-feira, a atleta publicou um texto em seu site oficial com tom de desabafo, pedindo o fim das reclamações sobre os problemas estruturais da cidade-sede.

“A Rio 2016 será minha terceira Olimpíada e minha primeira visita à América do Sul. Minha família e amigos vão comigo me apoiar. Venho trabalhando muito há dez anos para chegar até aqui e estou realmente muito motivada. Mas tudo o que vocês querem fazer é falar sobre “merda” na água. Meu pedido a todos aqueles que estão focados na m… na água: parem. Parem de tentar arruinar os Jogos Olímpicos para nós”, escreveu.

Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e campeã mundial no ano passado, Kalmoe minimizou os problemas sobre a qualidade da água da Baía de Guanabara, onde serão realizadas as provas de remo e de vela e sobre o risco de doenças, em especial o vírus da zika, que fez diversos atletas desistirem de ir ao Rio. A norte-americana ainda criticou a cobertura da mídia, a quem acusa de tentar manchar os Jogos.

“Até agora, sabemos que existem questões sobre a qualidade da água. Sabemos que os atletas estarão sob riscos de doenças. Sabemos que vamos precisar ser espertos, higiênicos e tomar algumas precauções. Ótimo. Vamos seguir em frente. A mídia está, ainda e novamente, trabalhando duro para manchar a imagem da cidade-sede, do COI (Comitê Olímpico Internacional) e dos Jogos como instituição”, protestou.

A remadora preferiu destacar o esforço do Rio de Janeiro em abrigar as Olimpíadas e receber os atletas, ressaltando que o Comitê Organizador está tentando fazer o melhor que pode para amenizar os problemas.

“Para todo o lado que eu olho, vejo matéria negativa. A maioria destes pensadores e colaboradores jamais fez parte do movimento olímpico ou jamais esteve no Rio de Janeiro. Os cidadãos brasileiros abriram seu país e seus corações para estarmos juntos neste incrível evento. E o melhor que podemos fazer, que nossa mídia pode fazer, é insultá-los e tentar fazer se envergonharem de si mesmos e do trabalho que estão fazendo? Isso me deixa incrivelmente frustrada. Ninguém nem nada é perfeito. Eles estão fazendo o melhor que podem”, ponderou Kalmoe.