Campanha contra Hepatite resulta em 312 exames gratuitos

A Campanha Hepatite Zero, realizada em Fernandópolis no sábado e domingo, dias 25 e 26 de junho, resultou em 312 exames gratuitos para a população. A ação, organizada pelos três Rotarys de Fernandópolis – Fernandópolis, “22 de Maio” e Nova Era, teve parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e FEF (Fundação Educacional de Fernandópolis).

No sábado, dia 25, os exames foram oferecidos na praça Joaquim Antônio Pereira, Centro da cidade, contando também com outras atividades, como exame gratuito de tipagem sanguínea, de anemia, massagem de relaxamento, orientações sobre uso de medicamentos, informações sobre Hepatite e aferição de pressão arterial.

Já no domingo, 26, os exames foram oferecidos para a população que esteve na Feira Livre.

Destes 312 exames realizados, apenas um deles teve resultado positivo para Hepatite C. O médico infectologista Marcio Cesar Reino Gaggini participou da ação na praça e orientou a pessoa que teve resultado positivo a procurar o Cadip (Centro de Atendimento a Doenças Infectocontagiosas e Parasitárias), onde serão realizados novos exames de sangue e sorologia para o início do tratamento.

Na próxima quarta-feira, dia 29 de junho, os exames serão oferecidos também no CCI (Centro de Convivência do Idoso) da Vila Veneto.

A farmacêutica do Cadip, Vanessa Genova, destacou que estes exames preventivos são fundamentais, especialmente porque a Hepatite C é uma doença silenciosa (que não apresenta sintomas). “O diagnóstico precoce permite o início do tratamento adequado e também evita que o problema evolua para uma doença mais grave”, disse.

Segundo a ABPH (Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite), a Hepatite C é considerada a maior epidemia da humanidade hoje, superior à AIDS/HIV em cinco vezes. A transmissão é por contato sanguíneo, via transfusões, dentistas, seringas compartilhadas, etc. Não se transmite por sexo (a menos que haja sangramento mútuo). Não tem vacina. Existem, no mundo cerca de 200 milhões de pessoas que carregam o vírus da hepatite C, que é a principal causa de transplantes de fígado, respondendo por 40% dos casos. Pode causar cirrose, câncer de fígado e morte.