Vice-governador de SP é recebido com protestos em Fernandópolis
29/04/2016 as 20:12 | | Da Redaçao
O vice-governador do estado de São Paulo, Márcio França(PSB) teve uma recepção nada amigável em sua visita a Fernandópolis nesta sexta-feira(29).
Dezenas de profissionais de educação esperavam por França na entrada da ACIF, onde o político participou do 1º Encontro Regional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), do qual é presidente estadual.
Os manifestantes protestaram hoje, desde as primeiras horas da manhã, contra a gestão do governador Geraldo Alckmin, e aproveitaram para cobrar o vice pessoalmente.
Solícito, o político conversou com representantes dos professores e pediu para que as reclamações fossem documentadas, e enviadas à Secretaria Estadual de Educação.Ele ainda prometeu comunicar Alckmin sobre o ato em Fernandópolis.
ATIVIDADES PARALISADAS
Em protesto contra o governo do tucano Geraldo Alckmin, todas as escolas estaduais de Fernandópolis paralisaram as atividades nesta sexta-feira(29).
O município aderiu ao ato, que foi realizado por todas as instituições de ensino do estado.Cerca de 6 mil alunos da cidade não foram as aulas hoje.
NA CAPITAL
Os professores da rede estadual de São Paulo adiaram a decisão sobre a greve, durante a assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (29), no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Os docentes chegaram a votar a greve, porém a proposta foi negada pela maioria. Eles decidiram montar um calendário de mobilizações para, então, votar novamente a greve em uma reunião no dia 24 de maio.
Os docentes também decidiram fazer uma caminhada até o prédio do Centro Paula Souza, no centro de São Paulo, para apoiar o protesto dos secundaristas. Os estudantes ocupam o local desde a tarde de quinta-feira (28) em protesto contra a "máfia da merenda" e os cortes de recursos na educação.
A assembleia também aprovou um protesto no dia 17 de maio, na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), para exigir uma CPI que apure os desvios na merenda. No dia 23, será realizada uma mesa de negociação com o secretário da Educação de São Paulo. E, no dia seguinte (24), uma nova assembleia, na praça da República, decidirá sobre a greve.
Os professores querem reajuste salarial que reponha a inflação do período. Também uma abertura de negociação para discutir a valorização dos profissionais, visando à equiparação salarial dos docentes com a média dos demais servidores do Estado com formação de nível superior.
No ano passado, os professores da rede estadual realizaram uma greve que durou 92 dias. A paralisação foi a maior da história da categoria.