Título exorciza demônios, e Broncos diminuem fama de "amarelões"

A vitória sobre o Carolina Panthers por 24 a 10 no Super Bowl 50, realizado neste domingo (7), no Levi`s Stadium, não deu apenas o título ao Denver Broncos, mas também ajudou o time a diminuir a fama de amarelão. Agora, a franquia do Colorado tem três conquistas em nove finais disputadas.

A maldição começou no fim da década de 70, quando os Broncos perderam a primeira decisão de sua história. O algoz foi o Dallas Cowboys, do quarterback Roger Staubach. Daí em diante tudo piorou.

A equipe foi derrotada no Super Bowl mais três vezes em 11 anos, passando a ser olhado com desconfiança pela própria torcida e desrespeito por alguns rivais.

Os momentos difíceis duraram até a geração de John Elway surgir e conquistar o título duas vezes em sequência, em 1997 e 1998.

Mesmo com o bicampeonato, Denver seguiu com um retrospecto negativo. Os "demônios" voltaram a assombrar a cidade em 2013, depois do atropelamento promovido pelo Seattle Seahawks, por 43 a 8.

Apesar do ataque explosivo comandado por Peyton Manning naquela temporada, os Broncos não justificaram o bom campeonato realizado e voltaram a carregar a alcunha de um time que "some" na hora que mais importa.

O caminho da redenção passou por uma grande mudança dentro do elenco. Apenas seis dos 22 titulares no 43 a 8 entraram em campo: Demaryius Thomas, Louis Vasquez, Peyton Manning, Malik Jackson, Sylvester Williams e Danny Trevathan. Nem mesmo o técnico foi o mesmo. John Fox foi demitido após quatro temporadas e deu lugar a Gary Kubiak.

Ao contrário de outros anos, os Broncos tiveram um ataque menos efetivo e uma defesa capaz de parar grandes adversários durante a campanha. O setor defensivo liderou a liga em jardas cedidas, com 283,1 por jogo.

O torcedor do Colorado finalmente voltou a comemorar neste domingo. A vitória sobre Cam Newton e o Carolina Panthers devolveu a tranquilidade à franquia e apagou da memória o massacre dos Seahawks.