Família de Chatô tenta proibir exibição de filme nacional

Depois de 20 anos de produção, o filme "Chatô - O Rei do Brasil" está sendo lançado nesta quinta-feira (19) em cinemas de todo o Brasil. Mas pode ser que ele tenha que esperar mais um pouco para ser exibido.

Através de seu Facebook, o diretor do longa, Guilherme Fontes, disse que dois netos de Assis Chateubriand enviaram uma notificação extra-oficial para a rede de cinemas Cinemark, pedindo para que a trama não entre em cartaz.

Segundo ele, o documento enviado pelos familiares alega que a produção acusa Chatô de ter matado o presidente da República e de ter seduzido e estuprado uma menor de idade.

A família ameaça processar as redes de cinema que exibirem o longa-metragem, considerado ofensivo à imagem de seu avô. Em sua página no Facebook, Fontes anunciou o processo: "Corram!!!! Corrammmmm!!! Comprem seus ingressos antes que seja tarde!!!!!! Querem censurar meu filme!!!".

Também na rede social, o escritor da biografia que inspirou o filme, Fernando Moraes, disse ter ficado chocado com a notícia: "Os herdeiros de Chatô talvez não saibam, mas a ditadura acabou há trinta anos. E, com ela, felizmente, a censura".

A Rede Cinemark é quem oferece mais espaço ao filme que está sendo exibido em seis salas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas. Já na Cinépolis, o longa está disponível no JK Iguatemi, em São Paulo, e no Cine Tagoon, no Rio, com dois horários em cada um dos cinemas.

A Rede Kinoplex oferece apenas uma sala e horário no Centro Cultural Odeon, no Rio de Janeiro. O Itaú Cinemas oferece o filme em três salas nos cinemas paulistanos Frei Caneca e Pompéia. E a Rede Cinesystem separou uma sala e dois horários para exibição da trama no Américas Shopping, no Rio de Janeiro.

As redes não divulgaram horários para outras cidades fora do eixo Rio-SP nos comunicados, mas a programação está disponível no sites oficiais das redes.