Quinta, 25 de Abril de 2024

Rosberg derrota Hamilton e vence GP do Brasil de ponta a ponta

15/11/2015 as 21:11 | Brasil | Da Redaçao
Há tempos Interlagos não produzia um GP do Brasil tão sem sal quanto o deste domingo (15). Os fãs que encheram (mas não lotaram) as arquibancadas do circuito paulistano tiveram poucos motivos para festejar do início ao fim da penúltima etapa da temporada 2015. Quem teve razões de sobra para comemorar, no fim das contas, foi Nico Rosberg. O alemão, que está em boa fase justamente depois que o rival Lewis Hamilton sacramentou o tricampeonato, emendou sua segunda vitória seguida no campeonato e também o segundo triunfo consecutivo em Interlagos.

Praticamente de ponta a ponta, com exceção do período da janela de pit-stops, Rosberg conseguiu controlar a vantagem para Hamilton, embora o britânico em momento algum tenha deixado o rival abrir larga diferença. Ao fim de 71 voltas, o alemão confirmou o domínio com nova vitória no Brasil e garantiu o vice-campeonato ao chegar a 297 pontos somados. Foi sua vitória 13 na F1, igualando David Coulthard e Alberto Ascari.

Sebastian Vettel terminou onde esteve durante todo o fim de semana no Brasil: terceiro lugar. O alemão praticamente correu sozinho: não teve como atacar as Mercedes de Rosberg e Hamilton, mas também não foi ameaçado por Kimi Räikkönen, quarto colocado. Valtteri Bottas, com uma prova discreta, mas eficiente com sua Williams completou o rol dos cinco primeiros neste domingo.

Saiba como foi o GP do Brasil de F1

Em um ano repleto de má sorte, como costuma dizer, Carlos Sainz Jr. enfrentou outro infortúnio antes mesmo de ganhar a pista em Interlagos. A Toro Rosso do espanhol ficou parada na saída da Curva do Sol. Sua participação na prova chegou a ser ameaçada, mas o piloto, com auxílio externo, conseguiu voltar e alinhou seu carro para largar do pit-lane.

A largada foi das mais tranquilas, com Rosberg mantendo a liderança depois de uma pequena pressão de Hamilton até o S do Senna. As posições do grid foram praticamente todas mantidas, com a diferença que Alonso, que partiu em último, pulou já para 16º. Pior foi para Sainz Jr. Provando do gosto amargo do azar, o jovem foi valente ao pelo menos largar, mas parou seu carro antes de completar a primeira volta. O motivo: falta de potência do motor Renault.

Logo na segunda volta, Ricciardo, que largou lá atrás por ter trocado o motor do seu carro, fez a troca de pneus, substituindo os macios os médios, que renderam bem melhor no fim de semana. Definitivamente, era uma estratégia diferente e que deveria ser observada.
Bottas, que fez uma boa largada e pulou de sétimo para quinto, conseguia ter um rendimento muito melhor em relação a Felipe Massa, oitavo. O finlandês rodava cerca de 0s7 mais rápido que o seu companheiro de Williams. Entre os líderes, Rosberg se sustentava bem na liderança e conseguia virar tempos ligeiramente mais rápidos. Nsr, por sua vez, conseguia se sustentar em 12º e segurava com tranquilidade as McLaren de Alonso e Jenson Button, que estavam logo atrás.

Na décima volta, a Williams chamou Massa para os boxes. Como o próprio brasileiro havia falado no sábado, sua expectativa também estava em fazer dois longos stints com os pneus médios, uma vez que ele teve de lidar com dificuldades com os macios. E a Williams trabalhou bem em sua parada. Fato é que, como boa parte dos pilotos fez sua parada neste período, ficava nítido que havia uma possibilidade de até três pit-stops para cada piloto.

A Mercedes chamou Rosberg para os boxes na volta 12, mas foi muito lenta nos trabalhos com seu piloto: 4s4. Em teoria, Hamilton tinha tudo para fazer a ultrapassagem depois de realizar seu pit-stop. Para tal, o tricampeão teria de acelerar ao máximo para ganhar a liderança. Mas ainda assim, a estrela de Nico brilhava, já que o alemão conseguiu voltar à frente, mas Lewis estava mais perto.

Com 20 voltas, a vantagem de Rosberg para Lewis era de meros 0s7. Sebastian Vettel vinha com tranquilidade em terceiro, à frente do parceiro Räikkönen, que disparou contra os retardatários Will Stevens e Alex Rossi, da Manor. Massa continuava em oitavo lugar. Pouco depois, Nasr subia uma posição, 14º, depois de uma ultrapassagem sobre Jenson Button por dentro no S do Senna. A galera nas arquibancadas vibrou com a manobra. Um raro momento de emoção neste domingo.
Outro bom momento foi a ultrapassagem bastante arrojada de Max Verstappen sobre Sergio Pérez na volta 32. Na entrada do S do Senna, o holandês colocou por fora e manteve a posição ao contornar a curva. De maneira aguerrida e leal, o menino Max conseguiu se colocar à frente do mexicano e ganhou a nona posição em Interlagos. Em seguida, Pastor Maldonado e Marcus Ericsson se tocaram no mesmo trecho da pista. A FIA considerou Maldonado como culpado e o puniu com 5s, a pagar no pit-stop seguinte.

Aí veio o momento da segunda janela para troca de pneus. Vettel seguiu com uma estratégia diferente com a Ferrari e foi para seu terceiro stint com pneus macios, enquanto a Mercedes também fez a troca com seus dois pilotos, mas manteve os compostos médios para Hamilton e Rosberg, que conseguiu voltar novamente à frente do companheiro de equipe depois das respectivas paradas. Vettel, eterno terceiro em Interlagos, seguia nesta colocação, à frente de Räikkönen e Bottas.
Por sua vez, Massa tinha de lidar com outro problema além da falta de performance da sua Williams em São Paulo. Isso porque a FIA detectou que o pneu traseiro direito do carro do brasileiro estava com a pressão 0.1 psi abaixo do mínimo, situação que seria analisada pelos comissários de prova.

Se a corrida estava bem sem graça quanto à batalha pelas primeiras colocações, no setor intermediário até que contava com alguns bons momentos. Verstappen dava um espetáculo no S do Senna. Depois de ultrapassar com louvor a Force India de Pérez, o holandês repetiu a manobra para se colocar à frente de Nasr, que ainda buscava os pontos em Interlagos, mas seu rendimento não era dos melhores.

Mesmo a chuva, que poderia ser o grande tempero da fase final da corrida, insistia em querer não aparecer, apesar das nuvens pesadas que rondavam a região de Interlagos. O vento era considerável, mas não o bastante para trazer a chuva e fazer com que a prova tivesse um ganho de emoção nos seus minutos derradeiros.

Mas desta vez, nem mesmo o clima ajudou. Assim, o GP do Brasil mais enfadonho em muito tempo terminou mesmo como começou, com Nico Rosberg à frente, seguido por Lewis Hamilton e Sebastian Vettel. Kimi Räikkönen foi o quarto, à frente de Valtteri Bottas e Nico Hülkenberg, que garantiu para a Force India o quinto lugar no Mundial de Construtores. Daniil Kvyat cruzou a linha de chegada em sétimo, à frente do melhor piloto brasileiro, Felipe Massa, que manteve o oitavo lugar da largada. Romain Grosjean finalizou em nono, enquanto Max Verstappen, o showman do domingo, completou o rol dos dez primeiros.
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