Governo dá mais 3 anos para conclusão de obras na ZPE Paulista

O Conselho Administrador da ZPE-Zona de Processamento de Exportação de Fernandópolis pode ter mais uma oportunidade para tentar encontrar, por meio de abertura de edital, algum grupo empresarial que possa se interessar no empreendimento.

Isso porque o Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), prorrogou o prazo para comprovação da conclusão de obras da ZPE Paulista e de outras três no país: ZPE de Suape, em Jaboatão dos Guararapes (PE), do Sertão, em Assu (RN), e de Macaíba, em Macaíba (RN).

A resolução, publicada no Diário Oficial da União, prorrogou o prazo para instalação da ZPE em Fernandópolis por um período de 36 meses, ou seja, por mais 3 anos.

FRACASSO EM LICITAÇÃO

Em meados de fevereiro, fracassou a primeira tentativa de licitação para conclusão da ZPE (Zona de Processamento e Exportação) de Fernandópolis. Nenhuma empresa ou grupo empresarial teve interesse pelo empreendimento no Estado de São Paulo. Apesar de pedidos de várias informações a administração, nenhuma proposta para compra do empreendimento foi apresentada na Prefeitura de Fernandópolis.

O evento reuniu o grupo Arakaki (dono da área), membros da Associação de Amigos, vereadores e alguns assessores da administração Ana Bim, além de alguns membros da imprensa local.

O presidente da AZPE, vice-prefeito José Carlos Zambon abriu o processo licitatório e de forma direta mencionou que encerraria aqui os trabalhos da Associação. Na seqüência o presidente da Comissão de Licitação, Carlos Buosi, anunciou que nenhuma proposta havia sido protocolada.

O fracasso gerou uma tentativa de justificar o fato. A prefeita Ana Bim, indignada, disse que a cidade recebeu vários grupos empresariais americanos, chineses angolanos, entre outros e que ela sentia que alguém iria se interessar pela ZPE.

Ela também informou que pretende republicar o edital e seguir para uma segunda tentativa para colocar a ZPE em prática. Ana falou sobre o problema da crise nacional e também sobre o preço da terra que poderia ter sido os fatores decisivos para nenhum grupo se interessar pela ZPE de Fernandópolis.

O fracasso também pode estar relacionado na demora para confecção do edital de licitação ou a falta de planejamento dentro da Prefeitura de Fernandópolis que, burocraticamente, demorou em finalizar o processo.

Para alguns políticos, a ZPE de Fernandópolis foi um "estelionato político" possivelmente aplicado pelo ex-deputado federal Devanir Ribeiro do PT.

Foi no tom de "pai da ZPE" que ele tentou reeleição e acabou ficando sem mandato político.


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