Quinta, 25 de Abril de 2024

Cães sentem emoções parecidas com as de uma criança humana

25/05/2015 as 00:00 | Mundo | Da Redaçao
Nós amamos nossos cachorros, mas e se a ciência pudesse provar que eles também nos amam de volta? É nesse sentido que anda a pesquisa do neurocientista Gregory Berns, da Universidade Emory. Usando uma máquina de ressonância magnética, ele escaneou o cérebro desses animais durante algumas situações e descobriu que eles podem sentir emoções parecidas com as de uma criança humana. Acompanhe todos os detalhes da descoberta e saiba como o seu cãozinho se sente quando você chega perto.

Pesquisa detectou que as emoções caninas parecem com as de uma criança humana

Cerca de 12 cães participaram do estudo e foram monitorados enquanto passavam por experiências positivas como o cheiro de alguém familiar, a volta do tutor depois de uma breve separação e o chamado para a comida. O resultado foi um aumento da atividade em uma zona do cérebro chamada de núcleo caudado - região cheia de receptores de dopamina, aquela substância responsável pelas sensações de prazer e recompensa. Segundo o neurocientista, essa mesma região também é estimulada nos humanos quando eles fazem algo que dá muito prazer como comer, ganhar dinheiro e namorar. Isso prova que cães e homens têm mais em comum do que se pensava: “A habilidade de experimentar emoções positivas, como amor e apego, poderia significar que os cachorros têm um nível de sensibilidade comparável ao de uma criança humana”, contou Gregory Berns ao The New York Times.

Descoberta poderia provocar uma mudança nas leis que contemplam animais

Para Gregory Berns, o fato de perceber que cães podem ter emoções assim como os humanos deveria provocar uma mudança em como eles são tratados. "Isso significa que deveríamos reconsiderar a forma que os tratamos como propriedades", disse o cientista, que ainda foi além. "Se fossemos um passo a frente e concedermos aos cães direitos de personalidade, isso seria uma proteção adicional contra exploração. Fábricas de filhotes, cães de laboratório e corridas caninas seriam proibidos pela violação do direito básico de autodeterminação de uma pessoa", revelou.

Estudo levou dois anos para ficar pronto

Para poder mapear os cérebros dos cachorros, Gregory Berns precisava que eles ficassem parados dentro de uma máquina de ressonância magnética, mas isso não é uma tarefa muito fácil para os pets. A alternativa mais comum entre os veterinários seria sedá-los, mas isso comprometeria as reações dos animais e, por consequência, todo o estudo. O jeito foi trazer calma aos bichinhos e fazer daquela máquina um ambiente familiar - tarefa que levou cerca de dois anos para ser realizada.
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