Em sua 6ª final seguida, Arouca quer título do Verdão
26/04/2015 as 15:00 | Brasil | Da Redaçao
Oswaldo de Oliveira está em sua quarta final consecutiva em Estaduais. Valdivia foi o craque na última conquista do Palmeiras no torneio, em 2008. Rafael Marques marcou o gol do título carioca do Botafogo em 2013. Mas nenhum palmeirense está mais habituado a disputar decisões como a deste domingo quanto Arouca. Contando com essa, são seis finais de Paulista seguidas.
Pelo Santos, adversário que começa a medir forças com o Verdão às 16h deste domingo, no Allianz Parque, Arouca foi campeão da competição em 2010, 2011 e 2012 e vice em 2013 e 2014. Em 2015, participará de uma decisão logo em seu 12 jogo com a camisa alviverde (foram dez pelo Paulista e um pela Copa do Brasil até aqui).
- As duas finais mais marcantes para mim foram as de 2010 e 2011. Contra o Santo André, eu tirei uma bola em cima da linha e tivemos que segurar os caras com oito em campo (Léo, Marquinhos e Roberto Brum foram expulsos). Contra o Corinthians, em 2011, fiz um dos gols na final e dediquei à minha filha, foi um momento inesquecível também. Espero que esse ano tenha uma boa história para contar e que seja tão especial quanto essas outras ou mais – disse o camisa 5, ao LANCE!.
O tempo é curto, mas Arouca já é considerado peça fundamental no novo clube. Assim como no ano passado, no Santos, Oswaldo de Oliveira o enxerga como titular absoluto. Ao lado de Gabriel, outro que chegou ao Palestra Itália recentemente, ele certamente estará na briga pelo prêmio de melhor volante da competição.
Volante concedeu entrevista exclusiva ao LANCE! (FOTO: Eduardo Viana)
Embora seja tímido e não peça a palavra nas rodas de vestiário, como Zé Roberto, Arouca também é visto como importante fora do gramado. Oswaldo diz que sua conduta no dia a dia serve de exemplo para os mais jovens, além do currículo vencedor.
- Temos muitos jogadores experientes e acostumados com situações como essa no grupo, e isso ajuda bastante. Prass, Zé Roberto, Aranha, Valdivia, Cleiton e tantos outros que já passaram por muitas decisões. Nosso grupo é muito unido, conversa bastante e troca essas experiências. Ter vivido tanta coisa no futebol me ajuda a manter os pés no chão, não me deslumbrar com as vitórias e muito menos achar que um jogo será fácil – analisou o jogador.
- Teremos duas batalhas com o Santos para buscar nosso objetivo. E vamos lutar até o fim por isso!
Confira um bate-bola exclusivo com Arouca:
LANCE!: Você vai disputar sua sexta final de Paulistão seguida. A emoção de chegar até essa fase continua sendo grande?
Arouca: Cada jogo, especialmente uma decisão, tem uma emoção diferente. Quando se trata de um campeonato tão disputado, como é o caso do Paulista, é ainda maior. São muitas dificuldades e muitos obstáculos até chegar a uma partida como essa. Para mim, que cheguei ao clube há tão pouco tempo, fiz uma pré-temporada depois dos meus companheiros e tive um pouco mais de dificuldade para chegar ao ritmo deles, é muito especial. Da mesma forma para o clube, que passou por uma reformulação tão profunda e, mesmo com a pré-temporada tão curta que temos no Brasil e a maratona de jogos, já demonstrou sua força e que é capaz de conquistar bons resultados.
Acha que o Palmeiras, depois de toda a reformulação, já está pronto para encarar qualquer um?
Se você pegar os jogos que fizemos nas últimas semanas, especialmente contra o São Paulo (vitória por 3 a 0) e a semifinal com o Corinthians, que é dado por muitos como o melhor time do país, acredito que estamos no caminho. Sabemos que ainda não alcançamos todo o nosso potencial e que isso é até compreensível. Ainda é cedo para dizer que podemos enfrentar qualquer adversário, mas pelos resultados que conquistamos em tão pouco tempo de trabalho, estamos no caminho certo.
Os jogadores têm destacado muito a união. O que vocês fizeram para que o entrosar tão rápido?
Os jogadores do nosso grupo são muito determinados e boas pessoas. Não tem ninguém que fuja dessa regra. Sabemos que existe muita vaidade no futebol e, quando um clube consegue montar um elenco que está preocupado em jogar bola, o resultado normalmente é muito bom. Isso passa também pelo Oswaldo, que sabe fazer muito bem esse trabalho de valorizar os profissionais que estão no clube, e pelo Alexandre Mattos e o Cícero, que escolheram a dedo, todos com perfil bom.