Sexta, 19 de Abril de 2024

Mulher diz que milionário precisava de sexo 3 vezes por dia

07/12/2021 as 14:54 | Mundo | Extra
Em mais uma sessão do julgamento de Ghislaine Maxwell, acusada de ser cúmplice do falecido financista Jeffrey Epstein em abusos sexuais e tráfico de menores, uma testemunha afirmou ter sido "contratada" pela socialite britânica para encontrar "garotas jovens" para sexo com o bilionário.

Sob o pseudônimo de Kate, ela contou, na segunda-feira (6/12), em tribunal federal em Nova York (EUA), que Ghislaine lhe solicitara o recrutamento de "garotas bonitas, jovens e bonitas, como você" que pudessem fazer sexo oral em Epstein.

Kate declarou no tribunal de Manhattan ter conhecido aos 17 anos a socialite. À época, disse a testemunha, Ghislaine afirmou que o namorado era um filantropo e que poderia ajudar Kate a ter sucesso na carreira musical. Eles tiveram relação sexual várias vezes. Como outras jovens na mansão de Epstein na Flórida, Kate também era obrigada a fazer massagens no bilionário, que sempre estava nu.

"Ela me perguntava se eu conhecia alguém para vir dar um boquete em Jeffrey porque era muito para ela fazer", declarou Kate, destacando um apetite "voraz" de Epstein: ele precisava fazer sexo três vezes por dia, relatou o "Guardian".

Kate manteve contato com Ghislaine e Epstein por volta dos 30 anos (agora tem 44), segundo o seu testemunho, dizendo que estava preocupada com o que poderia acontecer se ela quebrasse o contato. Epstein e Maxwell prometeram ajudar no avanço da sua carreira, citando pessoas poderosas com quem eles tinham conexões, incluindo o príncipe Andrew, do Reino Unido, e Donald Trump, ex-presidente dos EUA.

"Eu não queria admitir o que tinha acontecido comigo e pensei que (cessando) a comunicação, eu teria que reconhecer os eventos que aconteceram e teria que dizer algo", disse ela. "Eu também estava com medo de me desligar, porque tinha testemunhado o quão conectados os dois (Epstein e Ghislaine) estavam", acrescentou.

Na semana passada, em outra sessão, o mordomo da mansão do casal em Palm Beach, disse que era obrigado a limpar os brinquedos sexuais usados por Ghislaine. Ele considerava a tarefa "degradante".

Ghislaine, que estava foragida, foi detida em julho de 2020. Os promotores começaram a investigar cúmplices de Epstein, que era amigo de celebridades como o príncipe Andrew, supostamente envolvido no escândalo de abusos de menores, e de ex-presidentes americanos, como Bill Clinton e Donald Trump.

De acordo com a acusação, Ghislaine ganhava a confiança de jovens levando-as para fazer compras ou ao teatro e depois as persuadia para que dessem massagens em Epstein nuas em algumas de suas residências, antes de manter relações sexuais com ele em troca de dinheiro. A acusação diz que a britânica treinava jovens para serem "escravas sexuais". Uma delas seria Virginia Roberts Giuffre, que alega ter sido abusada pelo príncipe Andrews, além de outras personalidades, incluindo políticos americanos, empresário, um cientista famoso e um estilista.

Epstein floi encontrado morto, aos 66 anos, na cela que ocupava em uma prisão de Manhattan, em agosto de 2019, enquanto aguardava um julgamento pelas acusações de tráfico sexual de menores. De acordo com a versão oficial, o bilionário se suicidou.
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