Sexta, 19 de Abril de 2024

Frigorífico: 400 famílias esperam desfecho da Justiça do Trabalho

21/06/2021 as 09:31 | Fernandópolis | Da Redaçao
Cerca de 400 famílias de Fernandópolis e outras cidades da região aguardam uma posição da Justiça do Trabalho para receberem ações trabalhistas desde a época que prestaram serviços a diversas empresas que passaram pela planta do antigo Frigorífico Mozaquatro.

A conclusão do desfecho estaria nas mãos de um oficial de Justiça que vai avaliar, pela terceira vez, o valor da planta com todo o maquinário para que um novo leilão seja marcado. A alegação da Justiça do Trabalho é que a pandemia e o Estado de São Paulo estar na Fase Vermelha, não há possibilidade de avaliação técnica.

Enquanto isso, famílias inteiras ainda amargam pendência junto às empresas Boifrig – Frigorifico Ltda. Indústria Reunidas CMA Ltda (em recuperação judicial), Mir Mohammad Hashemi, Mohammad Ahmadi. Mostafa Modaber, Natalia Eugênica Perih, CM-4 Participações e Alfeu Mozaquatro. Esses trabalhadores acumularam dívidas e prejuízos por não terem seus salários pagos em dia. A ação foi ajuizada em 2014 e fazem 7 anos que não teve uma solução e um desfecho favoráveis as famílias prejudicadas.

Em 2017 a Justiça chegou a marcar um leilão para o dia 3 julho com lance mínimo fixado pela Justiça do Trabalho em R$ 87 milhões. O imóvel, encravado em área nobre da cidade, está avaliado em R$ 146,6 milhões. O leilão é, prioritariamente, para quitar dívida trabalhista com 400 ex-funcionários, mas acabou fracassando.

O imóvel, que ocupa área de 14,2 hectares em área nobre, entre as avenidas Expedicionários Brasileiros, Belo Horizonte, Getúlio Vargas e Luiz Brambatti. Com 11,3 mil metros quadrados de área construída, chegou a ser avaliado em R$ 146,6 milhões.

A defesa de Alceu Mozaqutro (já falecido), conseguiu suspender o leilão, alegando que a “dívida trabalhista foi provocada pelo arrendamento do frigorífico, a contragosto do meu cliente, para empresários iranianos. Eles não fizeram uma boa gestão, deixaram os trabalhadores sem receber e as dívidas ficaram com meu cliente”, criticou o advogado José Luis Baldissera.

Em contato com a reportagem do regiaonoroeste.com alguns desse trabalhadores se sentem lesados e criticaram a atuação da Justiça do Trabalho pela demora na solução do problema. "Infelizmente isso é Brasil onde empresários oportunista prejudicam seus funcionários e se esconde, de traz das lei e da Justiça para continuarem impunes", relatou um ex-funcionário que preferiu não ser identificado.
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