Polícia faz reconstituição de cena de crime em apartamento

A polícia de Votuporanga segue dando prosseguimento às investigações de um dos casos de maior repercussão em Votuporanga em 2014, o assassinato da jovem Aline Barbosa, de 23 anos, que teria sido assassinada com golpes de faca e arremessada do segundo andar de um prédio no Parque das Nações.

Ontem pela manhã, investigadores e peritos voltaram à cena do crime, o apartamento do principal suspeito, João Henrique Rodrigues, conhecido por “Buiú”.

A equipe formada por policiais da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) e Polícia Científica chegou ao local pouco após as 10h e permaneceu quase duas horas no edifício Grajaú, local em que, em fevereiro deste ano, Aline foi morta brutalmente. Os trabalhos foram comandados pela delegada Edna Rita de Oliveira Freitas e pelo perito Jesimar Zanelato.

Acompanhados por testemunhas, pessoas que moram no prédio e estavam no local no dia do crime, os peritos simularam todos os passos de Aline e “Buiú” no dia do assassinato. Dois policiais que atuam na DDM, um homem e uma mulher, fizeram as vezes de acusado e vítima.

Os profissionais entraram no apartamento, localizado no segundo andar, que segundo vizinhos, não foi alugado após o crime. No local, foram fotografados, de maneira com que fosse estabelecida uma sequência fiel ao que aconteceu no dia do crime, segundo apurado com relatos de testemunhas e pela investigação. Em seguida, foram efetuadas fotografias nas escadas e também em uma espécie de pátio, exatamente no ponto onde Aline caiu após ser mortalmente ferida com a faca.

A reconstituição é um dos últimos itens para a conclusão do inquérito pela Polícia Civil, que posteriormente será encaminhado ao Judiciário. “Buiú” está foragido desde o dia do crime, mas apesar disso, vai responder pelo homicídio.



Detalhes da investigação

Os últimos momentos da jovem Aline Barbosa, 23 anos, foram de desespero e muita brutalidade. É o que aponta laudos entregues por um médico legista à delegada responsável pelo caso, Edna Rita de Oliveira Freitas, e divulgados pelo A Cidade, no mês de maio. Os resultados comprovam a sede insana de violência que João Henrique Rodrigues, conhecido por “Buiú”, único suspeito apontado pela investigação, empregou para despedaçar a vida da jovem.

Não satisfeito em esfaquear, a perícia constatou que ele atirou a vítima da janela do segundo andar do apartamento onde morava.

O crime aconteceu no dia 16 de fevereiro deste ano, um domingo, no período da tarde. Segundo a investigação, Aline foi golpeada com pelo menos 13 facadas, mas, de acordo a delegada na época, a causa da morte foi um corte no pescoço, que ocasionou intenso sangramento, e que teria lhe tirado as forças para buscar qualquer auxílio.

“Foi confirmado que foi um golpe que acertou a veia carótida. Ela teve uma hemorragia muito intensa e isso levou à morte. Tanto que no laudo, pedi para o perito confirmar se com as lesões existentes, ela teria condições de ter saltado, na tentativa de se salvar, ou se o autor teria atirado a Aline pela janela. Pelo sangramento que ela teve, que deve ter causado uma fraqueza muito grande, chegamos a conclusão de que ela foi lançada e que não teria força física para saltar da janela do prédio”, afirmou a delegada, em maio.



Jociano Garofolo A Cidade